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Plantae busca investidor estratégico do agro e mira carteira de R$ 220 milhões

Banco especializado em crédito rural avalia propostas e prefere um parceiro substancial em vez de diversos fundos como investidores

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Foto do author Coluna  Broadcast Agro

O banco Plantae Agrocrédito, especializado em crédito rural e com forte atuação no setor sucroenergético, negocia com uma empresa do agronegócio captação para investimento até meados do ano. Em um momento em que grandes players do mercado financeiro têm reduzido exposição ao crédito rural devido aos riscos da atividade, o banco avalia propostas. “Em vez de ter diversos fundos como investidores, preferimos um parceiro mais substancial, que traga não só recursos, mas sinergias comerciais”, diz Wolney Arruda, presidente do banco. Com sede em Presidente Prudente (SP) e presença em cinco Estados, a instituição fechou 2024 com carteira de R$ 180 milhões, alta de 7% ante 2023. Para 2025, projeta alcançar R$ 220 milhões.

Inadimplência sob controle

O Plantae reduziu para 0,4% a inadimplência – chegou a 2% em 2024 – ao fazer análise de crédito com inteligência artificial e monitoramento de lavouras por satélite. Também reforçou exigências no crédito, priorizando setores que tendem a ter melhor desempenho neste ano-safra.

Novo produto no radar

O banco aposta na ampliação do “Consignagro”, que financia produtores que arrendam terras a usinas. O produto deve crescer de 15% para 30% da carteira, aproveitando o menor risco por envolver renda fixa mensal do arrendamento. A instituição também planeja expandir crédito para pecuaristas associados de indústrias.

O projeto Consignagro, que financia produtores que arrendam terras a usinas, deve crescer de 15% para 30% da carteira do Plantae.  Foto: Jonne Roriz/Estadão

Antecipa

A Mosaic, umas das maiores produtoras globais de fertilizantes, já utiliza energia eólica em 30% da produção no Brasil, porcentual que almejava apenas para 2026. Desde novembro passado, o Complexo Eólico Umari, no Rio Grande do Norte, gera energia limpa. O investimento para construção do complexo de quatro parques foi de R$ 1,2 bilhão e a capacidade total é de 202,5 megawatts, conta Lucas Araripe, diretor executivo da Casa dos Ventos, parceira da Mosaic na empreitada.

Pegada ecológica

Por meio de duas Sociedades de Propósito Específico, a Mosaic é sócia de dois parques eólicos. O contrato, com duração de 14 anos, contempla 30 MW. Segundo Leticia Salles, gerente de transição energética da Mosaic, a energia gerada pode ser alocada de várias formas entre as unidades de Cajati (SP), Tapira (MG), Araxá (MG), Patrocínio (MG), Uberaba (MG) e Catalão (GO).

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Filão

A Bradesco Seguros cresceu 13,3% em apólices para máquinas agrícolas no ano passado. O resultado veio com a oferta de um produto exclusivo para clientes do banco e também com o projeto Regulação de Equipamento Direta (RED), que agiliza a precificação das apólices. A seguradora já cobre 350 modelos de equipamentos e amplia a base conforme a demanda, diz Saint’Clair Lima, diretor da Bradesco Seguros. “Além da reposição do bem, a cobertura evita que o produtor fique inadimplente caso perca a máquina”, conta.

Vem junto

A Comigo, cooperativa com sede em Goiás, tem agregado de 80 a 100 produtores a cada mês. Atualmente, possui 11,7 mil cooperados, sendo a maior parte de produtores de grãos. “Para atender mais cooperados, investiremos R$ 35 milhões em uma nova loja em Jussara, na região do Vale do Araguaia, que está em construção”, conta Antonio Chavaglia, presidente do Conselho de Administração da cooperativa. A Comigo está presente em 19 municípios de Goiás, com 20 unidades de insumos e recebimento de grãos.

Expansão

Tera Ambiental, empresa de Jundiaí (SP) que usa resíduos industriais e agroindustriais – em especial lodo de esgoto – para produzir fertilizantes orgânicos, viu seu faturamento crescer 30% em 2024. Lívia Baldo, diretora comercial, atribui o resultado à fábrica em Paulínia (SP), inaugurada no fim de 2023, após investimento de R$ 10 milhões. Para 2025, espera faturar 25% mais. Reforços na equipe comercial no interior paulista e preços de adubos tradicionais mais altos podem dar suporte a esse objetivo, diz ela, sem citar números, porém.

Bradesco prevê expansão de R$ 15 bilhões em crédito agro

O Bradesco pretende ofertar R$ 15 bilhões mais ao agronegócio em 2025. A instituição, que emprestou R$ 130 bilhões ao setor em 2024, mantém a política de concessão, mesmo com juros altos. “Toda área nova é mais custeio, mais dinheiro para adubar e manter a terra”, disse Roberto França, diretor de agronegócio do banco, durante o Show Rural Coopavel.

Vem aí

O comércio de etanol entre Brasil e Estados Unidos está na mira do presidente Donald Trump. Ele alega que não há reciprocidade tarifária do Brasil no tema. Sobre o etanol americano que chega aqui, é cobrado imposto de 18%, enquanto o produto brasileiro embarcado aos EUA recolhe 2,5% de taxa por lá.

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