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Concessão da ponte Rio-Niterói vai a leilão na 4ª-feira

A etapa anterior de concessões, entre 2012 e 2013, foi dominada pelas grandes construtoras; hoje, boa parte delas está sob investigação

As propostas dos interessados deverão ser entregues dois dias antes Foto: Marcos de Paula/Estadão

BRASÍLIA - O governo marcou para a próxima quarta-feira o leilão da concessão da ponte Rio-Niterói. As propostas dos interessados deverão ser entregues dois dias antes. O certame, o primeiro depois da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, será um termômetro sobre a continuidade do programa. A etapa anterior de concessões, entre 2012 e 2013, foi dominada pelas grandes construtoras. Hoje, boa parte delas está sob investigação.

Novos leilões, porém, vão demorar a acontecer. Há mais um lote de rodovias, formado por trechos das BRs 476, 153, 282 e 480 no Paraná e Santa Catarina, que já foi estudado pela iniciativa privada. O governo selecionou um estudo e, com base nele, vai elaborar o edital do leilão. Os estudos precisarão passar pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Há três lotes ainda em estudos: BR 364 em Goiás e Minas Gerais, BRs 163 e 230 em Mato Grosso e Pará e BRs 364 e 060 em Mato Grosso e Goiás. Antes da Lava Jato, as concessões estavam praticamente paralisadas por outras razões. As grandes construtoras haviam batido no teto de capacidade de assumir novos empreendimentos.

Além disso, a piora nas contas públicas já deixava claro, desde meados do ano passado, que as taxas de juros dos financiamentos para esses projetos teriam de subir. Os bancos oficiais já davam sinais de esgotamento.

Com a Lava Jato, até as concessões no primeiro governo de Dilma Rousseff, consideradas bem-sucedidas, estão ameaçadas. Os vencedores tomaram um empréstimo-ponte no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para iniciar as obras, mas precisam da parte principal, que ainda não saiu.

 

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