Contas do governo fecham setembro no vermelho em R$ 20 bi, mas é o melhor resultado em 4 anos

De janeiro a setembro, o resultado primário foi de déficit de R$ 72,47 bilhões, também o melhor desempenho para o período desde 2015; em igual período de 2018, esse mesmo resultado era negativo em R$ 81,76 bilhões

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As despesas do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) superaram as receitas em R$ 20,37 bilhões em setembro. Embora o resultado seja negativo, é o melhor desempenho para o mês desde 2015 na série histórica, que tem início em 1997. Em setembro de 2018, o resultado havia sido negativo em R$ 23 bilhões.

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O resultado de setembro ficou menos deficitário que a mediana negativa de R$ 23 bilhões das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast.

De janeiro a setembro, o resultado primário foi de déficit de R$ 72,47 bilhões, também o melhor desempenho para o período desde 2015. Em igual período do ano passado, esse mesmo resultado era negativo em R$ 81,76 bilhões.

Em 12 meses, o governo central apresenta um déficit de R$ 111,8 bilhões - equivalente a 1,57% do PIB. Para este ano, a meta fiscal admite um déficit de até R$ 139 bilhões nas contas do governo central.

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Pelas estimativas do Tesouro Nacional, as contas do governo central só devem voltar ao azul em 2022 ou 2023.

Receitas

O resultado de setembro representa alta real de 5,1% nas receitas em relação a igual mês do ano passado. Já as despesas ficaram praticamente estáveis, com alta real de 0,2%.

No ano até setembro, as receitas do governo central subiram 1,3% ante igual período de 2018, enquanto as despesas caíram 1,1% na mesma base de comparação.

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Despesas

As despesas sujeitas ao teto de gastos (mecanismo que atrela o ritmo de crescimento das despesas à inflação) subiram para 3,2% no ano até setembro em comparação com igual período de 2018, segundo o Tesouro Nacional.

Pela regra, o limite de crescimento das despesas do governo é a variação acumulada da inflação em 12 meses até abril do ano passado. Porém, como o governo não ocupou todo o limite previsto em 2018, na prática há uma margem para expansão de até 9,3%.

Até setembro, todos os órgãos estão enquadrados nos limites estabelecidos pela regra do teto de gastos.

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O Palácio do Planalto em Brasília Foto: Ernesto Rodrigues/Estadão