SOROCABA - Preocupados com o risco de faltar combustível devido à greve dos caminhoneiros, consumidores já causam uma corrida aos postos de abastecimento em várias regiões do Estado de São Paulo. De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia, essa corrida pode causar uma falta generalizada de combustível, com consequências graves para a população. "Nenhum posto está recebendo combustível e, normalmente, o estoque dura de três a quatro dias. Como já está havendo corrida para encher o tanque, o que pode acontecer é o desabastecimento", disse.
+ Perguntas e respostas sobre a manifestação dos caminhoneiros
Leia também
+ Governo vai zerar Cide para reduzir preço do diesel, mas protestos devem continuar
A situação mais crítica, segundo ele, é na região do Vale do Paraíba, onde muitos postos já estão sem diesel e gasolina. "Quem tem grandes frotas, como as empresas de ônibus, está indo aos postos para abastecer, ou para preservar o estoque do seu próprio posto, ou porque já está sem combustível. Imagine uma fila de 40 ônibus para encher o tanque. Assim que acaba o combustível de um posto, eles vão para outro. Isso está acontecendo", contou.
+ Gasolina sobe 0,81% na 'prévia' da inflação de maio
Protestos de caminhoneiros afetam estradas do País
:quality(80):focal(-5x-5:5x5)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/estadao/VZFH3QZJCBM6LN72IVLKRG4POI.jpg)
Protesto de caminhoneiros
Caminhoneiros protestam na Marginal Pinheiros e Av. Escola Politécnica, contra o aumento do diesel nesta segunda-feira (21), dia em que foi anunciada ... Foto: FELIPE RAU/ESTADÃOMais
:quality(80):focal(-5x-5:5x5)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/estadao/WXBSH4MDWNJQDCQKYCAZ4MFG2U.jpg)
:quality(80):focal(-5x-5:5x5)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/estadao/Y7XOBSCOBNMBNOP3SXBAQGYD2M.jpg)
:quality(80):focal(-5x-5:5x5)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/estadao/4QTB6XIH3ZMNHIWLRAUUPLX76I.jpg)
:quality(80):focal(-5x-5:5x5)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/estadao/MXIQLV2UI5NW5DOOX6LMBW4WJM.jpg)
:quality(80):focal(-5x-5:5x5)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/estadao/3B4RYIMUDFN7JBHMCXVD4HRDZE.jpg)
:quality(80):focal(-5x-5:5x5)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/estadao/YSLLUDCUBJIEJEHEILP7FL5YX4.jpg)
Segundo ele, por conta das manifestações, nenhum caminhão saiu, nesta quarta-feira, 23, das bases de Barueri, Guarulhos e São José dos Campos, que fazem a distribuição de combustível. Conforme Gouveia, a greve é um direito dos transportadores, mas o governo não pode assistir passivamente. "Há risco de paralisação de serviços essenciais, como transporte público, coleta de lixo, até mesmo a segurança pública, pois as viaturas também precisam de combustível."
+ Perguntas e respostas sobre a manifestação dos caminhoneiros
Em Santos, no litoral paulista, 450 toneladas de lixo se acumulavam nas ruas da cidade em razão do bloqueio do acesso dos caminhões de coleta à área de Transbordo, no bairro da Alemoa. O acesso é o mesmo do Porto de Santos, bloqueado pelos caminhoneiros. A Polícia Militar e a prefeitura de Santos negociam a liberação do acesso para os caminhões de lixo.
