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Bolsa sobe 2,78%, maior alta desde abril

Ações da Petrobras e do Banco do Brasil têm destaque no pregão; dólar cede e vai a R$ 5,07

Por Paula Dias e Amélia Alves
Atualização:

O cenário de final de ciclo de alta da Selic combinado à trégua da inflação nos Estados Unidos garantiu ao Ibovespa um fechamento acima dos 112 mil pontos nesta sexta-feira, 12, e o quarto ganho semanal consecutivo, e o melhor da série, com ganho de 5,91% no intervalo das últimas cinco sessões. Ao final, o índice encerrou aos 112.764,26 pontos, maior nível desde 20 de abril, em alta de 2,78%, com sustentação das estatais Petrobras e Banco do Brasil.

Na sessão, o Ibovespa bateu o desempenho em Nova York, onde o Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq avançaram 1,27%, 1,73% e 2,09%, respectivamente. Os índices americanos, porém, também acumularam ganhos firmes na semana entre 2% e 5%, na mesma ordem. Os riscos ligados à recessão foram deixados de lado, com foco na desaceleração da alta de preços e expectativas concentradas em alta menos intensa, de 50 pontos-base dos juros pelo Federal Reserve, em setembro.

B3, a Bolsa de Valores de São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

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No câmbio local, o apetite por Brasil fez o dólar descer 1,63% para R$ 5,0739 no fechamento do dia, após volatilidade. O mercado de câmbio local operou parcialmente descolado do movimento do dólar, com fortalecimento frente a divisas fortes. No entanto, houve espaço para alta de moedas da maioria de emergentes pares do real, com exceção do rublo e do peso argentino.

Para Bruno Mori, economista e planejador financeiro pela Planejar, o fluxo esteve forte nesta sexta-feira. Mas não apenas de estrangeiros que estão vendo bom diferencial para ingressar no país, mas por fundos domésticos, que têm zerado suas posições em câmbio para estarem posicionados em juros. “Tenho notícias de gestores zerando posições em moedas, eu mesmo fiz isso no começo do mês”, diz.

O dólar mais forte pressionou para baixo o petróleo e os contratos futuros da commodity fecharam em queda, após subir marginalmente ao longo do dia sem muito fôlego. O petróleo WTI com vencimento em setembro fechou em baixa de 2,38%, em US$ 92,09 o barril e o Brent para outubro recuou 1,45, a US$ 98,15 o barril.

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