Crise nos ensinou a ser muito agressivos com bancos, diz Bernanke

Presidente do Banco Central dos EUA também afirmou que regra para cartão de débito pode prejudicar bancos pequenos 

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Por Gustavo Nicoletta (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

A crise financeira nos ensinou a ser mais agressivos com os grandes bancos, disse o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, durante uma audiência com o Comitê Bancário do Senado.

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Em resposta ao senador republicano Richard Shelby, um dos integrantes do comitê, que o questionou sobre quais foram as lições trazidas pela crise financeira, Bernanke disse: "A importância de sermos muito agressivos e não estarmos dispostos a permitir muito espaço para os bancos", especialmente quando estão desalinhados em áreas como a de gerenciamento de risco.

A audiência com o Comitê Bancário tem como tema a implementação da lei de reforma financeira dos EUA aprovada em julho do ano passado, conhecida como Dodd-Frank. Bernanke disse que levará algum tempo até que todas as regras dessa legislação sejam implementadas. Segundo ele, a negociação com agências reguladoras estrangeiras está atrasando esse processo.

Ele também comentou que identificar as instituições financeiras grandes o suficiente para ameaçarem a economia caso entrem em colapso é um processo difícil para as autoridades. "Você não quer ser arbitrário", afirmou o presidente do Federal Reserve, acrescentando que os reguladores estavam tentando traçar definições claras sobre este assunto. As informações são da Dow Jones.

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 Regra para cartão pode prejudicar bancos pequenos

O presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, disse não ter certeza se será eficaz isentar os pequenos bancos de uma proposta que prevê a imposição de limites sobre as taxas que as instituições financeiras e operadoras de cartões cobram de comerciantes para processar operações de débito.

"É possível que a isenção não seja eficaz no mercado", disse Bernanke, durante uma audiência com o Comitê Bancário do Senado.

Segundo a lei de reforma financeira dos EUA, bancos com menos de US$ 10 bilhões em ativos não seriam submetidos ao limite para as taxas de débito. Algumas dessas instituições, no entanto, argumentam que se cobrarem taxas mais altas do que a dos grandes bancos, os comerciantes passarão a discriminar seus cartões.

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Bernanke reconheceu essa possibilidade na quinta-feira e disse que "é possível os comerciantes rejeitarem os cartões de bancos menores."

Risco sistêmico

O presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, afirmou durante uma audiência com o Comitê Bancário do Senado que a China "fará o que for necessário para manter a taxa de câmbio no nível desejado" e que não considera as vendas de Treasuries pelo país uma ameaça à economia dos EUA.

Um dos integrantes do comitê perguntou a Bernanke se ele considerava a venda de US$ 15 bilhões em Treasuries pela China entre novembro e dezembro um risco sistêmico à economia norte-americana. O presidente do Fed disse que na verdade os desequilíbrios comerciais com a China apresentavam algumas ameaças não só para os EUA, mas para a economia mundial. Esses mesmos desequilíbrios também contribuíram para a crise financeira de 2008 e 2009, acrescentou.

Segundo Bernanke, o que determina quantos ativos em dólar a China vai comprar ou vender é a necessidade de controle do valor da moeda local. As informações são da Dow Jones.

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