Depois de dois casos de poluição do ar que resultaram em multas e indenizações de cerca de R$ 18 milhões, a CSA anunciou ontem um investimento de R$ 100 milhões em ações para impedir que emissões de poeira de grafite cheguem às comunidades vizinhas do complexo siderúrgico. No ano passado, moradores do bairro de Santa Cruz, na zona oeste do Rio, sofreram com a poluição emitida pela empresa, uma parceria entre o grupo alemão ThyssenKrupp e a mineradora brasileira Vale. Segundo a CSA, as novas medidas incluem o projeto e a instalação de um sistema de despoeiramento nos poços de emergência da CSA, no prazo máximo de oito meses. O sistema a ser instalado terá a capacidade de aspirar e reter o pó de grafite, que se forma normalmente no processo de produção de aço, informou a empresa em comunicado.A partir do funcionamento dos novos equipamentos, e seguindo critérios exclusivamente técnicos, a empresa decidirá ainda sobre a instalação de dispositivos de enclausuramento e despoeiramento na lingotadeira de ferro-gusa, ou a substituição dessa máquina por um granulador. O poço de emergência e a lingotadeira foram identificados como sendo as principais fontes que podem, em determinadas condições de operação, produzir e emitir a poeira de grafite. A CSA também afirma que buscará meios de evitar que o metal líquido precise ser vertido no poço de emergência, utilizado quando o ferro-gusa não pode ser aproveitado pela aciaria - unidade que produz as placas de aço, produto final da empresa. A diretoria da CSA assumiu o compromisso com os conselheiros, representantes de seus acionistas, de concluir em seis semanas todos os estudos técnicos necessários, bem como de tomar as providências para contratar todos esses investimentos ainda no primeiro semestre de 2011, informa a siderúrgica.