CVM tem 13 procedimentos instaurados contra empresas dos irmãos Batista

Processos tratam de temas tão diversos quanto suspeitas de influência no conselho de administração da BRF, ou o uso de aeronave da companhia por Joesley Batista

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Por Renata Batista

RIO - Um Comunicado ao mercado divulgado nesta quinta-feira, 9, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostra que existem 13 procedimentos instaurados contra empresas do grupo JBS, seus controladores, alguns de seus conselheiros e executivos, e até fornecedores.

Os processos tratam de temas tão diversos quanto suspeitas de influência no conselho de administração da BRF, empresa com a qual concorrem em alguns segmentos, ou o uso de aeronave da companhia por Joesley Batista. Todos decorrem de informações que vieram à tona com as apurações iniciadas após se tornar pública a gravação da conversa de Joesley com o presidente Michel Temer e a delação premiada dos irmãos Batista, em maio de 2017.

Processos tratam de temas tão diversos quanto suspeitas de influência no conselho de administração da BRF, ou o uso de aeronave da companhia por Joesley Batista Foto: JF DIorio/Estadão - 29/10/2014

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Entre os oito processos administrativos ainda abertos, dois parecem estar praticamente finalizados. Eles tratam das negociações com ações próprias e da compra de contratos de derivativo de câmbio, temas que já são objeto de processos sancionadores. 

Mas há procedimentos que podem resultar em nova sanções, como a apuração da conduta dos administradores e conselheiros em relação aos fatos que os levaram a firmar o acordo de delação premiada, ou seja, sua relação com agentes do governo.

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As apurações também extrapolam as empresas do grupo. A BDO RCS Auditores Independentes passou por uma inspeção para apurar os procedimentos adotados em relação às demonstrações financeiras da JBS S.A. entre 2013 e 2016. A inspeção já foi realizada pela Superintendência de Fiscalização Externa (SFI) e está em análise pela Gerência de Normas de Auditoria.

Procurada, a JBS informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não fará comentários sobre processos específicos. A empresa diz estar "à disposição da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para quaisquer informações e esclarecimentos que se façam necessários em linha com as melhores práticas de governança e observando o interesse de seus acionistas e demais stakeholders".

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