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Dólar fecha o mês a R$ 1,63, com maior alta mensal desde 2006

Moeda norte-americana termina agosto com alta acumulada de 4,55%, reduzindo perdas no ano para 8%

Por Alessandra Taraborelli, da Agência Estado e e Reuters

Depois de oscilar entre leves quedas e altas, o dólar encerrou a última sessão de agosto praticamente estável. A moeda terminou em alta de 0,06%, a R$ 1,633. Em agosto, o dólar subiu 4,55% ante o real, a mais forte para um mês desde maio de 2006. O resultado reduziu as perdas apuradas no ano até agora para 8%. Apesar do fechamento desigual do dólar nesta sexta-feira, 29, o movimento de alta das cotações prevaleceu na maior parte do dia, motivado por interesses relacionados à formação da taxa média do pronto (Ptax) de fim de mês, pela queda do petróleo no mercado internacional e pelos dados dos EUA considerados ruins pelo mercado. Com os ajustes de posições de fim de mês, o volume de negócios cresceu 32%, para cerca de US$ 5,878 bilhões (US$ 5,519 bilhões em D+2). A maior disputa em torno da formação da Ptax de fim de mês aconteceu no período da manhã, disse um operador de uma corretora. A ptax de venda desta sexta-feira servirá na segunda-feira para a liquidação dos contratos futuros de dólar setembro na BM&F e também para os ajustes do vencimento de US$ 1,3 bilhão em contratos de swap cambial reverso, que teve rolagem de 80% desse volume esta semana. Na sessão vespertina, segundo um profissional, os negócios foram reduzidos. "O mercado apenas administrou posições de giro", disse a fonte. O feriado em comemoração ao Dia do Trabalho, na segunda-feira nos EUA, fez os investidores anteciparem suas operações em razão, também, do fechamento de alguns mercados mais cedo hoje em Nova York. No mercado futuro, aparentemente "os comprados em dólar" foram beneficiados na disputa pela ptax hoje. Segundo a BM&F, dos dez vencimentos negociados, seis projetaram altas e quatro, quedas. O dólar setembro08 avançou 0,19%, a R$ 1,634, e girou US$ 3,05 bilhões do total; enquanto o contrato de dólar Outubro08 projetou ganho de 0,09%, a US$ 1,645, com giro de US$ 18,93 bilhões, segundo a BM&F. ÀS 16h19, o giro total somava US$ 22,66 bilhões, inferior ao giro total da véspera de US$ 26,034 bilhões. No leilão, o Banco Central pode ter comprado cerca de US$ 200 milhões. A taxa de corte ficou em R$ 1,6325. Segundo um operador, o BC aceitou uma proposta entre cinco, de cinco bancos, com taxas declaradas de R$ 1,6325 a R$ 1,635. Doze instituições dealers não informaram suas ofertas ao mercado.

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