O dólar fechou em leve alta nesta segunda-feira, mantendo-se acima de 1,76 real em uma sessão com poucas oscilações e pauta esvaziada no exterior. A moeda norte-americana terminou o dia a 1,765 real, com alta de 0,23 por cento. No mês, o dólar acumula queda de 2,16 por cento. No ano, a moeda subiu 1,26 por cento. Na sessão, pesou mais o ambiente negativo no mercado internacional, com queda das commodities após dados indicando uma demanda menor por metais na China. O índice Reuters-Jefferies de commodities caía 0,85 por cento no fim da tarde. O euro, afetado pela preocupação com os testes de estresse nos bancos, recuava 0,4 por cento, para menos de 1,26 dólar. Mas, sem outros indicadores importantes, foi uma sessão de poucas variações --entre 1,760 e 1,769 real. O único dado associado ao mercado de câmbio mostrou superávit comercial de 946 milhões de dólares nas duas primeiras semanas do mês. O número, porém, não exerceu influência sobre a cotação do dólar. "No mercado de câmbio há um ponto de resistência, quando o dólar atinge 1,76 real e não consegue atingir 1,75 real", disse Sidnei Nehme, diretor-executivo e economista da NGO Corretora, em relatório. Segundo ele, a manutenção de um volume elevado de posições vendidas pelos bancos (mais de 9 bilhões de dólares, segundo o Banco Central) tem deixado pouco espaço por ora para uma queda adicional da moeda. Quanto à perspectiva de entrada de recursos no país, a Gol anunciou nesta segunda-feira que emitirá 400 milhões de dólares em bônus de 10 anos, em mais um sinal de retomada das captações corporativas após um período de turbulência nos últimos meses pela crise europeia. No fim da semana passada, houve a emissão de 612 milhões de dólares em títulos pela BM&FBovespa e de 200 milhões de dólares pelo Banco Mercantil --ambos com forte demanda.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.