Dólar segue volatilidade externa e fecha em alta

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Foto do author Silvio Cascione

A incerteza com a economia norte-americana voltou a pressionar o dólar nesta quarta-feira, em meio ao aumento da aversão a risco e da volatilidade nos mercados internacionais. A moeda terminou o dia a 1,769 real, com alta de 0,45 por cento. No mês, a divisa ainda acumula queda de 0,45 por cento. A ausência de dados econômicos relevantes abriu espaço para que os mercados globais especulassem sobre a possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos. A volatilidade voltou a dar o tom em Wall Street, e o menor apetite por ativos de emergentes ajudou a impulsionar o dólar no Brasil --o risco-país subia cerca de 10 pontos à tarde. "Você vive em um país emergente, em função da primeira economia do mundo. Quando ela passa por um problema como esse, todos os mercados ficam cautelosos, porque você não sabe o tamanho do problema", disse Júlio César Vogeler, operador de câmbio da corretora Didier Levy. A principal expectativa dos agentes é por um corte mais agressivo dos juros norte-americanos ainda neste mês pelo Federal Reserve. Nesta quarta-feira, o presidente do Fed de Filadélfia, Charles Plosser, manteve as portas abertas para uma redução no custo dos empréstimos. Mas Roberto Padovani, economista-chefe do Banco WestLB do Brasil, lembra que o mercado não pode ter muita esperança quanto a um alívio monetário mais contundente pelo banco central norte-americano. "A inflação embicou nos EUA, voltou a subir. (O Fed) não tem muita margem de manobra", disse. Na última hora de negócios, o Banco Central realizou um leilão de compra de dólares no mercado. A autoridade monetária definiu taxa de corte a 1,7735 real e aceitou, segundo um operador, uma proposta.

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