Os negócios com câmbio ficaram mais calmos hoje. O dólar comercial chegou a valorizar 0,22%, batendo em R$ 1,82. Depois recuou. Na média do dia, o dólar comercial ficou em R$ 1,8144, com queda de 0,1%, segundo dados do Banco Central. Os negócios foram mais calmos no câmbio do que nos juros. Os contratos futuros de dólar, com vencimento em junho e julho, também caíram. O mercado de câmbio também está influenciado pelo cenário externo. Mas a tensão neste segmento é menor do que a dos juros. Toda vez que o dólar sobe um pouco mais, neste patamar atual, aparecem investidores, exportadores e bancos querendo vender suas posições, o que derruba as taxas. A posição do Brasil hoje é relativamente mais confortável, com menor dependência de capitais de curto prazo para honrar seus compromissos externos. Isso não significa que o dólar não sofra oscilações mais fortes se houver uma saída forte de capital do país ou um recuo no fluxo de entrada, dependendo dos juros nos Estados Unidos. Mas os analistas de mercado acreditam que antes de deixar o câmbio registrar uma alta muito elevada, o que teria sérios reflexos na inflação e na desorganização da economia, o governo deve preferir subir os juros. Por isso a pressão neste momento é maior no mercado de troca de dinheiro e títulos de renda fixa.