A economia deve receber a partir do próximo mês R$ 52,981 bilhões, em razão do pagamento do 13º salário a 60,732 milhões de pessoas no País até o final de 2006. O valor, de acordo com estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), representa 2,64% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e inclui o pagamento a todos os trabalhadores do mercado formal, entre eles os empregados domésticos, e beneficiários da Previdência Social. Na média, o décimo terceiro salário pago aos trabalhadores é de R$ 872,37. No mercado formal, este valor fica em R$ 1.145,73, enquanto os beneficiários da Previdência terão valor médio de R$ 515,82 e o trabalhador doméstico com carteira assinada terá direito, em média, a R$ 430,10. A região Sudeste contra a maior parcela dos pagamentos - 56,4% do total de quase R$ 53 bilhões. Isso porque a região concentra também a maior parte dos trabalhadores, aposentados e pensionistas e empregados domésticos. A região Sul ficará com 16,6% do total do benefício; e, ao Nordeste, caberão 14,6%. Para as regiões Centro-Oeste e Norte, serão destinados 8,4% e 4,2%, respectivamente, do total. Segundo ranking elaborado pelo Dieese, considerando todas as categorias de beneficiados pelo décimo terceiro salário, o maior valor médio, de R$ 1.877,95, deverá ser pago no Distrito Federal, seguido pelo Estado de São Paulo, com R$ 1.104,76. Rio de Janeiro e Minas Gerais, terão valor médio de R$ 996,85 e R$ 717,86, respectivamente. Na outra ponta, o Maranhão apareceu com o menor valor médio, de R$ 525,75, seguido pelo Piauí (R$ 529,71), Paraíba (R$ 542,45) e Ceará (R$ 573,01). Cresce número de pessoas que recebem O total de pessoas que receberá o décimo terceiro salário em 2006 é cerca de 2,7% superior ao número de 2005. O Dieese estimou que 1,6 milhão de pessoas passaram a receber o benefício por terem requerido aposentadoria ou pensão. Neste conjunto de pessoas, também estão aquelas que se incorporaram ao mercado de trabalho ou formalizaram o vínculo empregatício. Segundo o instituto, dos cerca de 60,7 milhões de brasileiros que devem ser beneficiados pelo pagamento do décimo terceiro salário, 24,3 milhões, ou 40% do total, referem-se a beneficiários da Previdência Social. Empregados formais correspondem a 34,6 milhões ou 57% do total e são contribuintes da Previdência. Os 3% restantes são empregados domésticos com carteira de trabalho assinada. Quanto à distribuição do montante, cerca de 23,7% dos R$ 52,981 bilhões - aproximadamente R$ 12,5 bilhões - serão pagos aos beneficiários do INSS; R$ 39,6 bilhões, ou 74,9% do total, irão para os empregados formalizados e, aos empregados domésticos, serão destinados em torno de R$ 777,1 milhões, o que representa aproximadamente 1,5% do total. Os empregados do mercado formal, celetistas ou estatutários, representam 62,7%, enquanto pensionistas e aposentados do INSS equivalem a 33,8%. O emprego doméstico com carteira assinada participa com 3,5%. Quanto aos valores que cada segmento receberá, os empregados formalizados ficaram com 78,3% (R$ 14,3 bilhões) e os beneficiários do INSS, com 20,2% (R$ 3,68 bilhões), enquanto aos empregados domésticos cabem 1,5% ou R$ 271,6 milhões. Estudo O Dieese explicou que, para chegar aos números do estudo, foram utilizados dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego; da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2005, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e informações do Ministério da Previdência e Assistência Social. No caso da Rais, o Dieese considerou todos os assalariados com carteira assinada, ocupados no mercado formal, nos setores público (celetistas ou estatutários) e privado, que trabalhavam em dezembro de 2005. O total de empregados domésticos com registro em carteira utilizado para o cálculo foi extraído da PNAD. Foram considerados, ainda, os beneficiários - aposentados e pensionistas - que, em setembro de 2006, recebiam seus proventos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). O Dieese informou que, com relação aos valores, para a estimativa do montante a ser pago aos beneficiários do INSS, foi utilizado o total referente a setembro deste ano. Para os assalariados, o rendimento foi atualizado pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado de janeiro a setembro de 2006 em relação ao mesmo período de 2005. O cálculo não considerou os autônomos e assalariados sem carteira que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano, nem os valores envolvidos nesses abonos. Também não foi levado em consideração, por este estudo, o adiantamento da primeira parcela do décimo terceiro salário ao longo do ano, concedido por muitas empresas quando os funcionários tiram férias ou por definição, por exemplo, de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) ou Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
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