O preço do petróleo opera em alta pelo terceiro dia seguido, impulsionados pelo bom relatório sobre vendas no varejo dos EUA. Os ganhos em seguida ao indicador somaram-se aos obtidos no começo do dia, quando os preços da commodity acompanharam o avanço das bolsas europeias.
As bolsas subiram depois de órgãos reguladores de França, Bélgica, Itália e Espanha anunciarem ontem uma proibição às vendas a descoberto de ações do setor financeiro, por cerca de 15 dias, para conter a volatilidade nos mercados. Grécia e Turquia já haviam proibido a prática no começo da semana.
Nas operações tradicionais de venda a descoberto, operadores tomam ações emprestadas e montam posições vendidas no mercado futuro, apostando que o preço da ação irá cair antes que tenham de comprá-la para liquidar o empréstimo.
Nos EUA, o Departamento do Comércio informou que houve aumento de 0,5% nas vendas no varejo em julho, perto da alta de 0,6% esperada pelos economistas ouvidos pela Dow Jones. Também foi bem recebida a revisão nos números de junho, para mostrar crescimento de 0,3% nas vendas, em vez de 0,1% como calculado inicialmente.
Até a sessão de hoje, o preço do petróleo na Bolsa de Nova York havia subido 8,1%, ou US$ 6,42 por barril, em relação ao fechamento de terça-feira, aos US$ 79,30 por barril - que foi o mais baixo desde 29 de setembro. "Parece que colocamos um piso aqui, depois de vendas excessivas", comentou Tom Bentz, diretor do BNP Paribas Commodity Futures.
(Danielle Chaves, da Agência Estado)