O real e o Ibovespa tiveram uma sessão negativa, ajustando-se à volta do feriado em São Paulo, que manteve a B3 fechada na terça-feira, 21, quando houve forte aversão ao risco no exterior. Mesmo com a melhora do humor lá fora, o dólar à vista terminou em alta de 1,01%, a R$ 3,7972, perto da máxima da sessão.

O real se descolou da maior parte de seus pares e foi a divisa que mais perdeu valor perante o dólar, entre os países emergentes. O banco JPMorgan elevou a previsão para o dólar em 2019, de R$ 3,80 para R$ 4,10, e chama atenção para "ventos contrários do exterior", que podem tornar as reformas prometidas por Bolsonaro, como a da Previdência, ainda mais urgentes.
O Ibovespa, principal índice de ações no País, fechou com desvalorização de 0,72%, aos 87.268,80 pontos, numa correção moderada depois do recuo de mais de 6% do petróleo e da baixa de mais de 2% do índice Dow Jones na véspera. A recuperação dos índices americanos logo na abertura contribuiu para manter o Ibovespa longe das mínimas, limitando os ajustes dos principais papéis às quedas dos ADRs, seus correspondentes negociados nos Estados Unidos, na terça-feira. As quedas de maior peso no Ibovespa foram as da Petrobrás, que perderam 2,32% (ON) e 3,19% (PN).
Em Wall Street, os índices acionários recuperaram parte das perdas de terça, mas os volumes negociados foram reduzidos, por causa do feriado de Ação de Graças nos EUA nesta quinta-feira.