O governo Kirchner conseguiu, nos primeiros nove meses deste ano, quase atingir a meta de superávit fiscal primário prevista para 2006. Segundo o Ministério da Economia, o superávit primário acumulado entre janeiro e setembro alcançou os 19,096 bilhões de pesos (US$ 6,36 bilhões). O valor equivale a 97,4% da meta fiscal prevista no Orçamento Nacional deste ano. O superávit foi proporcionado pelo crescimento da economia e o aumento persistente da arrecadação tributária (que em setembro cresceu 29% em relação ao mesmo mês do ano passado). O superávit acumulado entre janeiro e setembro equivale a 13,1% a mais do que o obtido no mesmo período no ano passado. Além disso, equivale a 19,5% a mais do que o previsto originalmente pelo governo Kirchner no início do ano. Na ocasião, o governo previa que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2006 seria de 4%. Mas, o modesto cálculo foi substancialmente ultrapassado, já que o PIB argentino deste ano, segundo avaliações dos analistas, ficaria entre 8% e 9%. Parte do superávit fiscal é destinado a um "fundo anticíclico" para que o país esteja preparado para enfrentar eventuais e inesperadas crises. O fundo já conta com US$ 1 bilhão. Segundo analistas da capital portenha, o superávit fiscal primário em 2006 seria de 3,5% do PIB. Em 2005, o superávit foi de 3,7%. Previsões Um relatório preparado pelo Centro de Estudos da UIA prevê um crescimento do PIB entre 6% e 8% para 2007. A inflação, segundo suas estimativas, ficaria abaixo de 10%.