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Em vídeo, Temer diz que trabalha para convencer deputados a votar pela reforma da Previdência

Presidente afirma na gravação que as mudanças propostas nas aposentadorias buscam 'a igualdade de oportunidades, sem distinção entre servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada'

'Trabalho para convencer os companheiros do Congresso Nacional, que muito tem auxiliado o governo, a votar essa matéria pelo bem de todos', diz o presidente no vídeo publicado nas redes sociais oficiais do governo. Foto: André Dusek/Estadão

BRASÍLIA - Em mensagem de vídeo gravada e divulgada nas redes sociais do governo nesta sexta-feira, 1, o presidente Michel Temer diz que está empenhado em tentar convencer o Congresso a aprovar a reforma da Previdência. 

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Reforçando a estratégia do governo de mostrar que a reforma combaterá os privilégios, Temer afirma que “o que se busca é a igualdade de oportunidades, sem distinção entre servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada”. 

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“Tenho compromisso com o povo. Trabalho para convencer os companheiros do Congresso Nacional, que muito tem auxiliado o governo, a votar essa matéria pelo bem de todos”, diz o presidente.

Como tem feito em todos os seus discursos, Temer destacou que a economia está crescendo, a inflação e os juros caindo, que isso incentiva produção e o consumo, e é resultado “da coragem de fazer as reformas necessárias”. 

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“Produzimos mais mudanças do que qualquer governo do passado recente. Estamos transformando o Brasil”, diz o presidente, que completa: “Falta agora a reforma da Previdência, fundamental para garantir a continuidade desse crescimento que já está aí.”

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Pente-fino. Empenhado pessoalmente em tentar convencer a base aliada da necessidade da reforma da Previdência, o presidente Michel Temer quer ouvir dos presidentes dos partidos no próximo domingo, 3, quais os pontos mais sensíveis nas bancadas para que durante a semana que vem consiga fazer um “pente-fino” no atendimento das demandas específicas.

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O discurso do governo da necessidade da reforma tem sido repassado aos parlamentares neste trabalho de convencimento. Alguns saem do Planalto inclusive com tabelas e números para respaldar a defesa da reforma. 

Apesar do esforço, caso a estratégia não seja bem-sucedida, o Planalto já tem pronto o seu discurso de vacina. Como o próprio presidente já verbalizou em reunião publica no início de novembro com ministros e diversos deputados da base, caso a reforma seja derrotada, quem perde é o país - e o governo terá “feito a sua parte”.

A avaliação do governo é de que a grande resistência não é mais em relação a pontos da reforma. O grande desafio é vencer o dilema entre a convicção dos parlamentares de que medida é necessária e a conveniência política, diante do temor do impacto eleitoral. 

Temos condição de ter os votos. É uma coisa certa? Não, não é. Mas é uma coisa possível de acontecer. Temos que trabalhar mais ou menos nessa direção”, disse uma fonte do governo. O objetivo principal continua sendo a aprovação ainda este ano, embora a votação ficar para 2018 “possa vir a acontecer”.

No vídeo, Temer diz que a reforma é “para o povo”. “Porque combate privilégios e mantém os direitos de quem já se aposentou ou mesmo de quem já tem condições para aposentar-se”, afirma. “Não muda nada para o trabalhador rural, nem para os mais pobres, nem para os que dependem da assistência social”, reforça.

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Dados.O vídeo tem como mensagem inicial a tentativa de exaltar dados econômicos, como o resultado do PIB, divulgado nesta sexta-feira, e exaltando o anúncio - já feito na semana passada - de liberação de recursos para os municípios.

"Começamos dezembro com boas notícias. Primeiro para os prefeitos e prefeitas do nosso país. Graças à melhoria dos resultados econômicos, estamos transferindo 2 bilhões de reais a mais para os municípios”, diz Temer. 

“Os prefeitos pagarão o 13º salário e poderão fechar as contas de 2017 com mais tranquilidade. Comemoramos também, aqui a notícia é para todos, o PIB positivo, que acaba de ser divulgado”, completa.

O aceno aos prefeitos também é tido como parte da estratégia do governo no convencimento dos parlamentares pela previdência, já que eles costumam dar respaldo às bancadas.

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