Embraer quer comprar empresa de manutenção na Europa

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Por Agencia Estado
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A Embraer planeja comprar uma empresa para fazer a manutenção e reparo de aviões na Europa. O vice-presidente de serviços ao cliente da Embraer, Artur Coutinho, disse que não vai revelar "a cidade européia onde está a empresa para não aumentarem o preço". A empresa adquiriu este ano os ativos operacionais da empresa de reparo e manutenção de aeronaves Celsius Aerotech, em Nashville, nos EUA. Isso foi feito porque a Embraer tem nos EUA o principal mercado para seus aviões regionais e agora também para o Legacy, primeiro jato da empresa brasileira para o mercado corporativo. "Agora precisamos de uma base para esse tipo de serviço também na Europa", disse. As vendas do Legacy vão tão bem que a Embraer já pensa em revisar as metas comerciais para o modelo. O jato começou a ser entregue aos primeiros compradores e tem atualmente uma carteira de pedidos de 73 encomendas firmes e 94 opções. No lançamento, a empresa estimava vender 210 modelos nos próximos 10 anos. Agora, acredita que esta meta será alcançada na metade do tempo. "Estamos tendo excelentes resultados", afirmou Coutinho. Varig A Embraer assinou hoje um contrato com a Varig Engenharia e Manutenção (VEM), que fará a manutenção do Legacy nas bases espalhadas pelo País. Os representantes das duas empresas e da Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo (Sata) inauguraram hoje uma sala vip no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, para atendimento exclusivo da aviação executiva. Segundo Coutinho, o Brasil é hoje o terceiro maior mercado para a aviação corporativa, atrás apenas de EUA e México. Do total de encomendas do Legacy, três foram para clientes brasileiros e a perspectiva é dobrar esse número em 2003. Competição De acordo com Coutinho, o Legacy está sendo bem sucedido porque não tem concorrentes na faixa de preço, de US$ 20 milhões. Ele custa o equivalente a uma aeronave para sete ou oito passageiros. A vantagem é que tem espaço para 15 a 19 passageiros. "Aviões do mesmo tamanho custam no mínimo US$ 30 milhões", afirma. Segundo o executivo, a Embraer consegue cobrar menos porque o Legacy é montado sobre a mesma plataforma do jato ERJ-145, o maior sucesso da Embraer, com 623 modelos já entregues e em funcionamento em diversos países. Coutinho acredita que a Embraer receberá ainda este mês o certificado de homologação da aeronave pela Federal Aviation Administration (FAA), dos EUA. A Joint Aviation Authorities (JAA), entidade européia de certificação aeronáutica, entregou em julho para a Embraer o certificado de homologação da aeronave. O cliente lançador foi a companhia Swift Aviation, dos EUA, que encomendou 25 unidades do modelo. Segundo Coutinho, a aviação regional e a corporativa foram os setores que mais rápido se recuperaram da crise gerada pelos atentados de 11 de setembro, que atingiu mais fortemente a aviação comercial para longas rotas. "Na aviação regional dos EUA, o movimento já está totalmente recuperado", diz. O fenômeno beneficia a Embraer, atualmente uma das principais fabricantes do mundo de aeronaves para esse mercado.

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