Empresas dos EUA estão preocupadas com desenrolar de Doha

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Por DOUG PALMER

Bancos, empresas de telecomunicações e fornecedores de serviços de informática são alguns dos setores dos Estados Unidos que estão cada vez mais preocupados se serão deixados de fora de um novo acordo mundial de comércio, disse na quinta-feira uma autoridade da indústria norte-americana. Com as negociações sobre agricultura e manufaturados mostrando algum progresso depois de quase seis anos de negociações, "estamos bastante preocupados" de que os membros da Organização Mundial de Comércio vão buscar um acordo para abrir mercados apenas nessas duas áreas", disse Bob Vastine, presidente da União das Indústrias de Serviços. As negociações sobre serviços se arrastam desde que a Rodada de Doha começou em 2001, apesar de os potenciais benefícios de uma liberalização maior serem enormes. Um estudo de 2005 da Universidade de Michigan estimou ganhos de renda e outros benefícios econômicos de quase 1,7 trilhão de dólares com a eliminação de barreiras comerciais nos serviços, comparado com 702 bilhões de dólares em manufaturados e 54 bilhões em agricultura. O setor de serviços agora responde por mais de dois terços da atividade econômica mundial, mas por apenas 20 por cento do comércio mundial. Acredita-se que as próximas semanas são críticas para o destino de Doha. Sem um resultado em breve, as negociações podem ser congeladas até pelo menos 2009 --quando a Casa Branca terá um novo presidente. Esboços de um acordo divulgados em julho aumentaram as esperanças de um acordo nas áreas de agricultura e manufaturados, apesar de a questão continuar problemática. A reunião ministerial da OMC em Hong Kong, em dezembro de 2005, deu uma nova energia às negociações de serviços, mas importantes países em desenvolvimento ainda não fizeram ofertas significativas para abrirem seus mercados de serviços, disse Vastine. Grupos da indústria de serviços dos EUA, da União Européia e sete outros parceiros comerciais planejam realizar uma visita aos escritórios da OMC em Genebra no dias 26 e 27 de setembro, para falar de suas preocupações.