RIO - O Brasil atingiu neste mês a marca de 53 gigawatts (GW) de potência instalada operacional de geração solar, segundo balanço da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) divulgado nesta terça-feira, 28. A entidade ressaltou que o setor tem enfrentado grandes desafios que ameaçam desacelerar a transição energética sustentável no País.
Conforme a entidade, “entre os principais gargalos identificados pela Absolar, estão o aumento do imposto de importação sobre módulos fotovoltaicos, os cortes de geração renovável sem o devido ressarcimento aos empreendedores prejudicados e os obstáculos de conexão de pequenos sistemas de geração própria solar”.
No fim de novembro, a entidade destacou que a fonte solar acabava de atingir a marca histórica de 50 GW de potência instalada operacional, tornando o Brasil o sexto país a alcançar essa marca. Os outros são China, Estados Unidos, Japão, Alemanha e Índia.

Do total da potência instalada no Brasil, a geração própria solar via pequenos e médios sistemas contribuiu com a maior parte, 35,5 GW, e as grandes usinas solares somam 17,5 GW espalhadas pelo País.
Nas contas da entidade, desde 2012, o setor fotovoltaico trouxe ao Brasil mais de R$ 241 bilhões em novos investimentos, gerou mais de 1,5 milhão de novos empregos verdes e contribuiu com mais de R$ 74,7 bilhões em arrecadação aos cofres públicos.
Para o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, muitos dos obstáculos enfrentados em 2024 permanecem presentes no horizonte de curto e médio prazos dos empreendedores do setor.
“Por isso, a Absolar manterá atuação intensa para equacionar os principais desafios e construir soluções efetivas ao setor fotovoltaico, com ações de articulação junto às distribuidoras de energia elétrica, à agência reguladora, aos órgãos do setor elétrico, ao Congresso Nacional e ao Governo Federal”, disse, em nota.
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Ele afirmou que o Brasil precisa avançar em políticas públicas, incorporando boas práticas legais e regulatórias, para aproveitar melhor o potencial da energia solar no desenvolvimento social, econômico e ambiental, bem como na transição energética e no combate ao aquecimento global.
“Adicionalmente, há imensas oportunidades em novas tecnologias, como armazenamento de energia elétrica e hidrogênio verde, nas quais o Brasil pode ser grande protagonista, construir um bom ambiente de negócios para a atração de investimentos, empresas e empregos verdes”, concluiu o executivo.