EUA: analistas aguardam Greenspan

Depoimento do presidente do banco central dos EUA, Alan Greenspan, ao Senado norte-americano deve trazer novidades ao mercado financeiro hoje.

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Por Agencia Estado
Atualização:

As mesas de operação das instituições financeiras operam em esquema de plantão registrando pouquíssimos negócios no mercado de dólar. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) não estão aberta para negócios. As notícias importantes vêm dos Estados Unidos. A mais esperada é o depoimento do presidente do banco central dos EUA (FED), Alan Greenspan, ao senado norte-americano. De acordo com apuração da editora Regina Cardeal, o jornal USAToday trouxe em sua edição de hoje a possibilidade de que Greenspan apoie um corte de impostos que vem sendo prometido pelo novo presidente do país, George W. Bush, de US$ 1,6 trilhão ao longo de dez anos. Além disso, os mercados financeiros, diz o jornal, vão acompanhar atentamente as referências de Greenspan a um possível corte de juros na reunião do FED na próxima semana. Desde meados de 1999, o FED vinha elevando taxas de juros com o objetivo de desaquecer a economia e conter os índices de inflação. A taxa passou de 4,75% ao ano em junho de 1999 para 6,5% ao ano em maio do ano passado. Em dezembro de 2000, com os sinais de que esse cenário confirmava-se, o FED reverteu sua tendência e, em 3 de janeiro desse ano, iniciou um processo de corte de juros. A primeira decisão foi por 0,5 ponto porcentual, reduzindo a taxa de 6,5% ao ano para 6,0% ao ano. Tanto o corte de impostos proposto por Bush, quanto a continuidade de queda dos juros no país, são medidas que favorecem a volta do crescimento econômico. Nesse cenário, a principal apreensão dos analistas é de que, como essas medidas terão efeito a longo prazo, até lá o desaquecimento da economia norte-americana pode acontecer de maneira muito acelerada, o que provocaria uma recessão no país. Indicadores econômicos e resultados de empresas Além do depoimento de Greenspan, hoje também será divulgado indicador de custo da mão-de-obra referente ao quarto trimestre de 2000. A previsão média de 15 economistas entrevistados pela Dow Jones é de um crescimento de 1,1%, comparado com o ganho de 0,9% registrado no terceiro trimestre de 2000. Também será divulgado o número de pedidos de auxílio-desemprego feitos na semana até 20 de janeiro. No calendário de balanços de empresas norte-americanas, espera-se a divulgação dos resultados do último trimestre de 2000 das companhias Coca-Cola, Dow Chemical, Dow Jones, Eli Lilly, Network Associates, Qualcomm, Raytheon, entre outras.

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