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Falta de pagamento causa tumulto em Jirau

Polícia cria força-tarefa com 150 homens para conter quebra-quebra

Por Gabriela Cabral
Atualização:

Uma força-tarefa composta de quase 150 agentes de segurança foi organizada para conter um conflito no canteiro de obras da usina hidrelétrica de Jirau, em Rondônia. Cerca de 300 dos 18 mil trabalhadores do local se revoltaram pela falta de pagamento de horas extras e queimaram mais de 45 ônibus, depredaram alojamentos e saquearam estabelecimentos comerciais, como as lanchonetes que ficam dentro no canteiro de obras, no início da tarde de terça-feira. Apenas uma pessoa ficou ferida, mas a polícia não teria chegado a efetuar disparos. O canteiro de obras de Jirau, uma das maiores obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), fica a 120 quilômetros de Porto Velho.A Secretaria de Segurança Pública precisou montar um Sistema de Comando de Incidentes, com o auxílio de 10 viaturas e 100 membros da Polícia Militar, 10 viaturas e 36 integrantes do Corpo de Bombeiros, oito policiais civis e dois policiais federais, além de dois helicópteros. O secretário de Segurança, Marcelo Nascimento Bessa, acompanhou a operação. De acordo com a secretaria, os trabalhadores que atuam nas duas margens do Rio Madeira participaram dos atos de vandalismo. Os envolvidos foram levados para lavrar termos circunstanciados ou serem autuados em flagrante. Com a situação descontrolada, a estação de captação e tratamento de água, pertencente à Concessionária Pública de Água e Esgoto do Estado (Caerd) foi parcialmente destruída, interrompendo a abastecimento de Nova Mutum Paraná, distrito construído pelo consórcio para o remanejamento dos atingidos pelo reservatório. Em nota, as empresas responsáveis pela construção da usina de Jirau, construtora Camargo Corrêa e Consórcio Energia Sustentável do Brasil (ESBR) anunciaram que a administração está prestando todo o apoio às investigações para esclarecer a origem do tumulto e a punição dos responsáveis. Segundo elas, as atividades já estão voltando ao normal no canteiro de obras.

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