O Ministério da Fazenda elevou sua previsão para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2011, de 5% para 5,6%, de acordo com o documento Economia Brasileira em Perspectiva, relativo ao primeiro bimestre deste ano. Os dados foram divulgados no site do ministério (www.fazenda.gov.br). Para 2012, a perspectiva de inflação passou de 4,5% para 4,6%, um pouco acima do centro da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5%. Com a revisão, os números se aproximam mais das estimativas de mercado, mas ainda estão abaixo desse patamar. Segundo o boletim Focus, divulgado hoje pelo Banco Central (BC), o mercado espera que o IPCA feche este ano com alta de 6,23% e, em 2012, com crescimento de 5,1%. No dia 20 de maio, o Ministério do Planejamento divulgou uma projeção para a inflação de 5,7% em 2011. "A acomodação da atividade econômica numa taxa de crescimento mais sustentável em 2011 levará à menor pressão sobre os preços a partir do segundo semestre", afirma o Ministério da Fazenda no boletim.O documento destaca que, desde 2005, a inflação medida pelo IPCA tem se mantido dentro das bandas do regime de metas para a inflação. Além disso, justifica a inflação de 5,9% em 2010. Segundo a Fazenda, ela foi influenciada, entre outros fatores, pela rápida recuperação do crescimento econômico, após os impactos negativos da crise no ano anterior.O boletim destaca ainda que, no acumulado de 12 meses até fevereiro de 2011, os gastos com alimentação, despesas pessoais, vestuário e educação foram responsáveis por cerca de 67% da inflação medida pelo IPCA. "A tendência é que os preços de tais grupos comecem a ceder ao longo do ano", destacou o documento.