Fed começa a cortar estímulos em janeiro

Banco Central dos EUA decide diminuir injeção mensal de dólares na economia mundial de US$ 85 bilhões para US$ 75 bilhões em janeiro; juros ao redor dos 0% estão mantidos por tempo indeterminado  

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Por Redação
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SÃO PAULO - O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) anunciou nesta quarta-feira, 18, que começará a diminuir suas injeções de bilhões de dólares nos mercados mundiais em janeiro de 2014. Os juros básicos de 0% ao ano, no entanto, serão mantidos nesse nível até "bastante tempo depois" de o índice de desemprego nos Estados Unidos chegar aos 6,5% - atualmente está em 7,0% da força de trabalho. A inflação americana também precisa ficar na casa dos 2% para os juros subirem.

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O programa de afrouxamento monetário (quantitative esasing) está em vigor nos Estados Unidos desde novembro de 2008, ápice da crise mundial. Desde lá até dezembro deste ano, calcula-se que US$ 3,8 trilhões tenham sido despejados nos mercados pelo Fed.

"Quando o Comitê decidir começar a remover a acomodação da política, ele adotará uma abordagem equilibrada, consistente com suas metas de longo prazo de emprego máximo e de inflação em 2%", dicou escrito em comunicado oficial.

Todos os meses desta terceira fase do programa, em vigor desde novembro de 2012, têm sido impressos pela máquinas do Fed para recomprar títulos lastreados em hipotecas e títulos do Tesouro americano US$ 85 bilhões. No próximo mês, esse montante cairá para US$ 75 bilhões - US$ 35 bilhões serão destinados para as hipotecas, US$ 40 bilhões para os títulos do Tesouro.

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A mudança na política do Fed foi aprovada por 9 votos a 1. A alteração anunciada nesta quarta é o prenúncio do que está por vir. As compras de ativos tendem a ser reduzidas agora gradativamente, a depender da contínua melhora do mercado de trabalho e da inflação mantida nos níveis desejados.

"O Comitê provavelmente reduzirá o ritmo de compras de ativos em mais passos medidos, em reuniões futuras. Contudo, as compras de ativos não estão em um curso predeterminado, e as decisões do Comitê sobre seu ritmo continuarão dependentes da perspectiva do Comitê para a perspectiva do mercado de mão de obra e da inflação, assim como de sua avaliação da eficácia e do custo prováveis de tais compras", diz o comunicado do Fed.

Expectativas. O Federal Reserve reduziu suas previsões para a inflação nos EUA neste anopara entre 0,9% e 1,0%. Também foi informado que a estimativa de alta dos preços é de que permaneça abaixo ou perto da meta de 2,0% até 2016.

Para o Produto Interno Bruto (PIB) a estimativa do Fed é de crescimento entre 2,2% e 2,3% neste ano, entre 2,8% e 3,2% em 2014 e entre 3,0% e 3,4% em 2015, com uma leve desaceleração em 2016 para expansão entre 2,5% e 3,2%.

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A previsão do Fed para um dos principais fatores que leva em conta em sua política monetária, a taxa de desemprego, também foi reduzida. O banco central prevê desemprego entre 7,0% e 7,1% neste ano, entre 6,3% e 6,6% em 2014, entre 5,8% e 6,1% em 2015 e entre 5,3% e 5,8% em 2016. / Com Agência Estado e Reuters

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