Uma diminuição no otimismo entre os empresários quanto ao futuro dos negócios foi uma das maiores influências para a queda de 1% no Índice de Confiança da Indústria (ICI) em abril ante março. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que anunciou hoje o indicador, o mau humor das empresas pôde ser percebido nas projeções em todas as categorias de uso, exceto material de construção.A FGV informou que, em abril, as perspectivas para os próximos meses foram menos favoráveis em todos as respostas relacionadas ao futuro, principalmente nos tópicos que tentam antecipar tendências para a produção no trimestre seguinte. Das 1.194 empresas consultadas para cálculo do ICI, 38,4% preveem aumento da produção neste atual trimestre e 13,2% apostam em redução. Em março, este cenário era mais positivo: os porcentuais para estas mesmas respostas foram de 45,1% e de 7,9%, respectivamente. Porém, a FGV comentou que as respostas relacionadas ao presente apresentaram saldo positivo em abril.De acordo com a fundação, o indicador que mede o grau de satisfação com o ambiente atual dos negócios foi o quesito que mais contribuiu para a elevação de 2,3% do Índice de Situação Atual (ISA) - um dos dois sub-indicadores componentes do ICI -, entre março e abril. O ISA alcançou 136,2 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, o maior nível da série iniciada em 1995. Este resultado foi influenciado por uma boa análise sobre a situação dos negócios. A parcela de empresas pesquisadas para cálculo do ICI que avaliam a atual situação dos negócios como boa aumentou de 35,9% para 40,7%, de março para abril; já a fatia de companhias entrevistadas que classificaram a situação como fraca subiu de 4,1% para 4,5%.