O presidente da Fiesp, Horácio Lafer Piva, afirmou, em nota, que "a decisão de hoje (do Copom) confirma que o Banco Central está, finalmente, dando maior peso para a meta de inflação de 2004. Segundo ele, porém, ?este louvável ajuste de horizonte veio tardiamente. Neste momento, é baixa a capacidade de reação da economia a estímulos de política monetária. A taxa de desemprego está em patamar altíssimo e cresce. Por sua vez, os empresários se vêem forçados a puxar o freio de mão para desovar estoques indesejados, enquanto a demanda desaponta a cada mês". Em sua reunião mensal, que começou ontem e terminou nesta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária decidiu reduzir a Selic, a taxa básica de juros da economia, em 1,5 ponto porcentual ? de 26% ao ano para 24,5% ao ano. Piva afirmou ainda que esta decisão "ameaça agravar o quadro atual de desemprego e deteriorar ainda mais a saúde financeira das empresas. Ainda não vimos o fundo do poço". O presidente da Fiesp avaliou que seria absolutamente fundamental reduzir as alíquotas de recolhimento compulsório, ao mesmo tempo em que se cortam juros. "Isso possibilitaria amenizar o custo do crédito e criar estímulos para que essa injeção de liquidez fluísse dos cofres dos bancos para as empresas e os consumidores. Diante da imperiosa necessidade de aumentar a oferta de crédito e reduzir o seu custo."
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