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Fiesp faz rebaixamento geral de projeções para 2012

Atividade industrial paulista teve pior abril desde 2006; Indicador de Nível de Atividade, que caiu 5,2%, havia registrado a maior queda seis anos atrás, quando o recuo foi de 8%

Por Wladimir D'Andrade e da Agência Estado
Atualização:

SÃO PAULO - Os resultados ruins do Indicador de Nível de Atividade (INA) de abril, divulgados nesta terça-feira, 29, pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), levaram a entidade a promover um rebaixamento geral das projeções para o desempenho da economia neste ano.

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De acordo com o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos, Paulo Francini, o INA deve terminar o ano no terreno negativo, ante estabilidade projetada anteriormente. Para a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Fiesp prevê agora recuo de 2,2% no encerramento do ano, ante previsão anterior de 0%. Francini também anunciou que a projeção da Fiesp para o Produto Interno Bruto (PIB) será revisada para baixo, mas o anúncio será feito em junho.

"Nossa projeção está baseada no desempenho da indústria e, infelizmente, nosso pessimismo estava correto", afirmou Francini hoje, em entrevista coletiva, ao lembrar que as projeções da Fiesp sempre estiveram abaixo do que o governo e o mercado previam para a economia neste ano.

Segundo ele, levando em conta o chamado carregamento estatístico, para que o INA de 2012 fechasse o ano em zero seria necessário um crescimento mensal de 1,3% até dezembro. "Mas nunca conseguimos esse desempenho", descartou.

Francini, porém, vê uma melhora do cenário no segundo semestre por conta da valorização do dólar, tendência de redução da taxa Selic e diminuição dos spreads bancários. "Precisamos de algum tempo para observar os efeitos desses fatores no desempenho da indústria, mas posso dizer que no segundo semestre teremos um crescimento lento, mas vigoroso", disse.

O diretor da Fiesp avaliou que as recentes medidas do governo de incentivo ao consumo e ao crédito não têm o mesmo efeito de quatro anos atrás, auge da crise financeira internacional. "O governo está querendo encontrar o caminho do crescimento, mas a economia tem resistido em sair desse estado de aquietação", afirmou.

Revisão

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A Fiesp também revisou hoje o INA relativo a março. A queda do INA de março, ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, foi revisada de 0,5% para 0,4%. O indicador sem ajuste foi mantido em alta de 10%.

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