Fundos DI têm segunda maior queda desde 87

A queda acumulada dos fundos DI no ano é a segunda maior desde 1987, chegando a 15,4%. Somente em 1999, ano da flexibilização do câmbio e forte desvalorização do real, a queda do CDI foi maior.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os prejuízos nos fundos DI vêm de anos anteriores e foram ampliados neste ano com a atualização das cotas da carteira pelo valor dos títulos no mercado, aponta análise elaborada pela consultoria Economática. A queda do CDI no acumulado do ano chega a 15,4%. "O CDI (juro referenciado no mercado interbancário) sofreu a segunda maior queda desde 1987 até agora", diz Fernando Exel, diretor-geral da Economática. Apenas em 1999, ano da flexibilização do câmbio e forte desvalorização, o CDI perdeu mais - 15,5%. O trabalho, feito pelo coordenador para a América Latina da Economática, Einar Rivero, analisou o rendimento das principais aplicações deflacionado pelo preço médio do dólar (Ptax) calculado pelo Banco Central. Isso se deve ao fato de que os juros permaneceram nas alturas nos últimos anos, especialmente até a ruptura do sistema de câmbio fixo, no início de 1999. De lá para cá, além da queda nos juros, o dólar tem subido sistematicamente. Os números com base num suposto investimento traduzem mais claramente os efeitos desse movimento de juros e dólar. Um investidor que tivesse aplicado em reais o equivalente a US$ 100 no início do Plano Real, em julho de 1994, e feito saque antes de janeiro de 1999 compraria, com o valor resgatado, US$ 340, o equivalente a uma rentabilidade de 240% em dólar, exemplifica Exel. Com a persistente alta do dólar entre 1999 e 2002, no entanto, o valor resgatado só compraria hoje US$ 230.

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