Fundos imobiliários atraem investidores

A instabilidade do mercado financeiro atualmente e as incertezas em relação ao ano que vem têm tornado os fundos imobiliários um investimento atrativo. Mas há riscos, de cada empreendimento e também devido à dificuldade de sair do fundo.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Num momento de incertezas e fortes oscilações no mercado financeiro, muitos investidores preferem aquelas aplicações mais tradicionais e de menor riscos. Um dos destaques entre as aplicações mais conservadoras é o mercado imobiliário, mas mesmo assim é preciso ficar atento aos riscos e limitações que os fundos impõem. O diretor da Brazilian Mortgages, Fábio Nogueira, confirma que a procura tem sido grande nos últimos meses. Só a Brazilian Mortgages pretende lançar neste segundo semestre mais quatro fundos lastreados em novos empreendimentos em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. "O setor vem crescendo, mas é inegável que a tradição do investimento imobilizado atrai o aplicador em momentos como o que estamos vivendo", explica. Segundo ele, "essa é uma opção para quem quer diversificar seus investimentos, fugir do risco e prefere uma aplicação mais tradicional." Nogueira acredita que o mercado de fundos imobiliários está em um momento de consolidação, especialmente do mercado secundário. "Nos nossos fundos, quem quer sair não espera mais de uma semana para vender suas cotas", afirma. Mas, segundo analistas de mercado, esse é o maior problema dos fundos imobiliários. Para o presidente da Adviser Consultores, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, a princípio a idéia de cotizar um imóvel entre vários proprietários é muito positiva, pois os aluguéis comerciais dos empreendimentos em questão são maiores do que os dos pequenos imóveis e o sistema de cotas amplia as possibilidades de investimento em imóveis para um grupo muito maior de investidores. Mas a administração dos fundos requer atenção. São vários os cuidados que o investidor deve tomar, mas o maior inconveniente é que o mercado secundário no Brasil ainda é muito pequeno. Ou seja, o investidor pode querer resgatar seu dinheiro e não conseguir encontrar comprador para a sua cota no mercado no tempo desejado. Mas não é só isso, Ribeiro alerta para os riscos de cada empreendimento que lastreia os fundos. "Quem investe deve ser muito cuidadoso, avaliar os prospectos e verificar os riscos em relação ao patrimônio e à rentabilidade." O risco ao patrimônio é de credibilidade da empresa que administra o fundo e da composição da carteira. "O primeiro cuidado é avaliar com atenção e guardar o material de divulgação", alerta o presidente da Adviser. "O investidor também não deve deixar de verificar se a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprova o fundo, o que é uma obrigação legal, e até buscar aconselhamento profissional sobre o fundo, se for o caso. Tendo confiança no seu gestor, deve-se verificar as taxas de administração e os demais custos da aplicação. Além disso, é importante entender que a rentabilidade vem do aluguel do imóvel. "O melhor é que o inquilino tenha baixa probabilidade de evasão, pois imóvel vazio derruba o rendimento", explica. De qualquer forma, Ribeiro avalia que o maior risco é mesmo de perda da rentabilidade, e não do patrimônio, como em outras aplicações, o que o torna atraente. "Mas não se deve esquecer que imóvel é investimento de longo prazo", alerta. Leia no link abaixo mais sobre a aplicação em imóveis. E não deixe de ver as dicas de investimento no mercado financeiro, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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