A zona do euro vai precisar elevar a capacidade de € 500 bilhões de seus fundos de resgate se quiser convencer os países não europeus do G-20 a aumentarem os recursos que fornecem ao Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmaram autoridades da União Europeia. Um aumento nas contribuições para o FMI está sendo considerado crucial para criar uma proteção financeira que dê suporte para Itália e Espanha, caso esses dois países precisem de ajuda.
Nos últimos dias, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, tem pedido que a Europa amplie os fundos e que os membros do FMI acrescentem entre US$ 500 bilhões e US$ 600 bilhões ao FMI. Segundo uma das fontes, os países do G-20 "estão dispostos a contribuir para o FMI sob a condição de que os países europeus façam um gesto primeiro".
A forma mais fácil de fazer isso, disseram as autoridades, é os países europeus elevarem o limite de € 500 bilhões atualmente imposto à Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) e ao Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês). Se isso acontecer, os mais de € 200 bilhões ainda disponíveis por meio da EFSF poderiam ser somados aos € 500 bilhões que o ESM terá. A zona do euro espera colocar o ESM em prática em meados de 2012.
A zona do euro deverá decidir se eleva ou não a capacidade de empréstimos dos fundos até março. Os ministros de Finanças do G-20 se reunirão no México no fim de fevereiro. Em uma cúpula em dezembro, os líderes da União Europeia concordaram em fornecer mais € 200 bilhões para o FMI, sendo € 150 bilhões destinados a governos da zona do euro. Uma das fontes afirmou que a zona do euro quer convencer os países do G-20 a fornecerem o mesmo montante que a Europa em contribuição para o FMI. As informações são da Dow Jones.