O governo de Goiás desistiu de federalizar a Companhia Energética de Goiás (Celg), de acordo com informações do governador do Estado, Marconi Perillo, divulgadas pela agência de notícias oficial goiana. De acordo com o governador, a desistência de transferir o controle acionário da Celg à Eletrobrás ocorreu por causa da avaliação abaixo das expectativas para as ações da empresa. O governador considerou irrisório o valor de R$ 126 milhões determinado para os 49% de ações da Celg por uma avaliação realizada pelo Unibanco, contratado pela Eletrobrás. Segundo o governador, a Eletrobrás havia definido um preço de R$ 350 milhões. Perillo disse que manterá em poder do Estado, pelo menos por enquanto, as ações da companhia. Mas não descarta, futuramente, "a federalização, a privatização da companhia, ou a transferência para o Fundo de Aposentadoria." O governador previu que, com o fracasso da tentativa de federalização, a companhia deverá passar por reestruturação, o que envolverá corte de gastos e de pessoal e um gerenciamento profissional da companhia. Perillo disse que tentará obter, em 2003, um empréstimo de R$ 100 milhões da Eletrobrás para investimentos em subestações. Segundo Perillo, a Eletrobrás, que fornece 70% da energia da Celg, é a única credora da companhia, garantindo que a empresa não possui débitos com fornecedores, empreiteiros ou funcionários. Ele acrescentou que buscará, com o governo federal, alongar os débitos de R$ 800 milhões da companhia.