A China revisou as regras de câmbio para permitir que empresas domésticas deixem a receita cambial no exterior e estrangeiras emitam títulos no país. As revisões com efeito imediato foram publicadas ontem no site do governo central. Dentro das regras revisadas, o governo reforçará o monitoramento do fluxo de câmbio para dentro e fora da China, por meio de medidas como inspeções no local. O governo também revisou as regras para penalidades em caso de violação. A multa para casos sérios de transferência ilegal de fundos para a China, por exemplo, varia de 30% a 100% dos fundos. As revisões ocorrem no momento em que a China tenta conter o ingresso ilegal de capital em busca de lucro com a esperada valorização do yuan e amenizar os desequilíbrios externos. As regras permitirão que o governo introduza medidas para lidar com potenciais crises econômicas ou desequilíbrios severos nos pagamentos externos do país. A regulamentação também reitera que a China vai gerenciar as reservas em moeda estrangeira com base nos princípios de aumento de segurança, liquidez e valor. O estrategista Michael Woolfolk, do Bank of New York Mellon, disse que a mudança das normas do câmbio na China é "muito importante", porque "pavimenta o terreno para uma livre flutuação do yuan". A partir de agora, empresas chinesas poderão manter no exterior sua receita obtida fora da China, enquanto empresas estrangeiras que operam na China poderão passar a emitir títulos para captar recursos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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