Governo corre para salvar 'Brasil Maior'

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Por BRASÍLIA

O Palácio do Planalto deflagrou uma operação de guerra para salvar o Plano Brasil Maior, que reúne medidas consideradas fundamentais para enfrentar os efeitos da crise mundial, e deverá abrir o cofre na liberação de verbas aos parlamentares. Depois de muita negociação, a expectativa do governo era votar até hoje duas medidas provisórias que compõem a política industrial do governo e perdem a validade em 1.º de agosto.Até o início da noite de ontem, porém, a oposição capitaneada pelo DEM e integrantes do PR, PTB e PV ainda desconfiavam das promessas do Planalto e resistiam a votar. A falta de acordo ameaça o início do recesso parlamentar, previsto para amanhã. Para sair de férias em ano eleitoral, deputados e senadores também devem votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).A presidente Dilma Rousseff se reuniu com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e disse que a prioridade é o Plano Brasil Maior. O Planalto prometeu liberar cota individual de R$ 4,5 milhões de emendas parlamentares para os deputados da base aliada e aumentou a fatia da oposição em mais R$ 1,5 milhão. Com isso, a cota de cada deputado do DEM, PSDB e PPS deverá ficar em R$ 3 milhões.Liderança. O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), não apareceu para uma reunião com Ideli, ontem à tarde. Chinaglia viajou para os EUA na quarta-feira à noite para visitar uma filha, e provocou a ira de Dilma por se ausentar num momento de dificuldades."Os deputados e senadores terão muita dificuldade de explicar para sua base eleitoral que deixaram cair a redução do IPI contida no Plano Brasil Maior", disse ao Estado um integrante da equipe econômica. / VERA ROSA, TÂNIA MONTEIRO, EDUARDO BRESCIANI e IURI DANTAS

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