SÃO PAULO - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta terça-feira, 2, que vai abrir um escritório comercial em Xangai, na China, para fortalecer a relação bilateral entre o Estado e o país. O escritório vai ser usado para firmar a cooperação em oito áreas estratégicas de São Paulo (agricultura, tecnologia, infraestrutura, logística, desenvolvimento econômico, energia e turismo), além de servir como parte do processo de desestatização do governo paulista.
Segundo Doria, uma missão do governo de São Paulo vai à China de 3 a 10 de agosto para estreitar laços. "Nessa missão à China, vamos levar os programas de desestatização que forem pertinentes. Apresentaremos estes programas a bancos estatais, paraestatais, investidores governamentais e privados", afirmou. Serão apresentados os programas de desestatização de ferrovias, rodovias, aeroportos, portos e programa de desenvolvimento agrícola, anunciou.
Sem prioridade
Doria negou que vai dar prioridade à China no processo de desestatização que ele pretende realizar no Estado. Para ele, as parcerias entre a China e São Paulo serão incrementadas pelo processo de desestatização. O órgão será responsável por promover as privatizações e ampliar a parceria em áreas estratégicas.
Questionado sobre se a China teria alguma vantagem no processo de compra de ativos do Estado, Doria reagiu. "Não haverá prioridade para a China. Haverá oportunidade", afirmou. Ele reafirmou, no entanto, que empresas da China já têm conversado com o governo paulista sobre a desestatização. "Nós não vamos esperar até agosto", comentou.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.