Greve dos bancários já paralisa 24 mil trabalhadores

Sindicalistas falam que em cerca de 715 agências e 12 centros administrativos de bancos participam das paralisações

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Por Agência Estado
Atualização:

A paralisação dos bancários já mobiliza 24 mil trabalhadores, de acordo com balanço feito pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, na quinta-feira, 3. A associação estima que cerca de 715 agências e 12 centros administrativos de bancos participam da greve.

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Os bancários pedem reajuste salarial de 11,93%, aumento do piso para R$ 2.860 e participação nos lucros e resultado (PLR) de três salários mínimos mais R$ 5.553,15. Além disso, querem o fim das metas individuais e de assédio moral que, segundo a confederação, adoecem os bancários.

Em reunião na tarde desta sexta-feira, 4, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou nesta sexta-feira (4) às lideranças sindicais dos bancários uma nova proposta de reajuste salarial, de 7,1% (incluindo ganho real de 0,97 ponto porcentual). Segundo a federação, o piso salarial da categoria subiu mais de 75% nos últimos sete anos e os salários foram reajustados em 58%. Isto, de acordo com a Fenaban, significa um aumento real de mais de 23%. O Comando Nacional dos Bancos, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), ainda está avaliando a nova proposta, feita 16 dias depois do início da greve.Pela proposta da Fenaban, o piso salarial para bancários que exercem a função de caixa passará para R$ 2.209,01 para jornadas de seis horas. Estão previstos reajustes do auxílio refeição, que sobe para R$ 22,98 por dia; da cesta alimentação que passa para R$ 394,04 por mês, além da 13ª cesta neste mesmo valor, e auxílio-creche mensal de R$ 327,95 por filho até seis anos.O diretor de Relações do Trabalho da Fenaban, Magnus Ribas Apostólico, ressalta que a proposta deve ser avaliada considerando os ganhos de 2013 e também os dos últimos anos. "É um momento de se preservar conquistas e não de aumentar custos, por isso a proposta prevê um aumento real do poder aquisitivo dos bancários", diz. Magnus alerta que o momento atual exige cautela. "A economia está num ritmo mais lento, as margens de todos os setores estão mais apertadas e a geração de emprego está em queda", afirma.Participação nos lucros. Sobre a participação dos lucros (PLR), a Fenaban informa que a mesma fórmula será mantida, com correção dos valores fixos e de tetos em 10%. Dependendo do lucro do banco, por exemplo, a PLR de um caixa pode chegar a 3,5 salários.

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