Grupo Schincariol emitirá nota sobre prisões

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Grupo Schincariol divulga nesta segunda-feira uma nota de protesto pelas prisões de seus diretores e funcionários efetuadas pela Polícia Federal na última quarta-feira, como resultado da "Operação Cevada", que aponta um esquema de sonegação fiscal no setor de bebidas envolvendo diretamente a Schincariol e outras empresas ligadas ao grupo. A Schincariol alega que suas obrigações trabalhistas e fiscais "são rigorosamente cumpridas" e que os fundamentos para a ação da PF são todos de natureza tributária, sendo passíveis de questionamento na esfera administrativa. Afirma também que a empresa não foi autuada pelo Fisco em decorrência da operação, "desconhecendo-se por completo quais as infrações fiscais e tributárias eventualmente imputadas". Defende ainda que as prisões de seus dirigentes são injustas e colocam em risco a própria sobrevivência da empresa. "Quer pela impossibilidade de ser administrada, quer pela impossibilidade de honrar seus compromissos com fornecedores, fisco e próprios empregados. Os cerca de 70 diretores e funcionários da Schincariol que estão presos nas sedes da PF em São Paulo e no Rio de Janeiro - incluídos os donos da empresa - tiveram seus pedidos de prisão postergados (por mais cinco dias) pelo Ministério Público Federal, a pedido da PF. Os advogados realizaram neste final de semana diversas reuniões para tratar do tema e devem insistir na tentativa de relaxar a prisão dos acusados. A defesa questionará tanto a falta de acesso aos autos quanto o vazamento de informações sigilosas contidas no inquérito. A ação da Polícia Federal foi resultado de 14 meses de investigações da chamada "Operação Cevada". Entre as acusações contra a segunda maior produtora de cerveja no Brasil, estão a de vendas subfaturadas ou sem emissão de nota fiscal, uso de notas fiscais "viajadas" e corrupção ativa de funcionários públicos, entre outras.

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