BRASÍLIA – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que haja estudos em sua pasta ou na Casa Civil para a ampliação da tarifa social da energia elétrica. Mais cedo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o governo avaliava a ampliação do mecanismo com simplificação de regras, o que beneficiaria 60 milhões de brasileiros
“Não tem nenhum estudo na Fazenda, nem na Casa Civil, sobre esse tema. Então, não chegou ao conhecimento nem do Palácio, nem aqui da Fazenda”, disse o ministro a jornalistas na sede da Pasta. Questionado sobre o status do tema na Casa Civil, Haddad disse que, apesar de não ter visto a entrevista de Silveira, ligou para Rui Costa para se inteirar do assunto.

“O Rui me confirmou que não está tramitando nenhum projeto na Casa Civil nesse sentido. O que não impede, evidentemente, o ministério de estudar o que quer que seja, mas nesse momento não há nada tramitando”, disse.
Como o Estadão/Broadcast mostrou, se a ampliação que Silveira disse estar estudando se concretizar, o número de beneficiados pela tarifa social cresceria 50% em relação aos atuais 40 milhões que têm acesso ao desconto, ainda que escalonado, na conta de energia.
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“Vamos tornar a tarifa social mais abrangente de forma responsável”, disse Silveira mais cedo durante o Fórum de Líderes em Energia, que se realiza nesta semana no Rio de Janeiro.
De acordo com ele, mais de 60 milhões de pessoas serão beneficiadas com gratuidade de energia até o consumo de 80 quilowatts por mês (kW/mês). O ministro afirma que isso representa o consumo de uma família que tem uma geladeira, um chuveiro elétrico, ferro de passar, carregador de celular, televisão e lâmpadas para seis cômodos.