Hipermercados mantêm guerra de preços

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Por Agencia Estado
Atualização:

A guerra de preços que as duas maiores redes de hipermercados do País travam desde o início do mês passado vai continuar em maio. O Carrefour lançou ontem a campanha Primeiro Preço, em que promete descontos de até 60% em mais de 1.200 produtos da cesta básica e das seções de bazar, têxtil e eletroeletrônicos. O Extra, do Grupo Pão de Açúcar, líder de vendas no setor, contra-atacou na mesma linha aberta pelo seu principal concorrente e anunciou ofertas com itens básicos de alimentação, higiene e limpeza em média 50% mais baratos que os líderes de mercado. Nas duas redes, os descontos são válidos a partir de hoje e até o próximo dia 8, período em que a maioria dos trabalhadores recebe os salários. "Em todas as lojas temos os produtos chamados ´Primeiro Preço´, caracterizados por uma sinalização especial, que estarão entre 40% e 60% mais baratos em relação aos preços das marcas líderes", diz o diretor de Mercadorias do Carrefour, Luiz Carlos Costa. "Entre aqueles que compõem a cesta básica da família brasileira, estaremos aplicando descontos que podem superar 60% se comparados aos preços dos produtos líderes". A estratégia das redes é atuar sobre os preços de produtos da cesta básica pesquisada diariamente pelo convênio Procon-Dieese em São Paulo. "O termo ´Primeiro Preço´ é conhecido de longa data dos clientes Carrefour", observa o diretor de Marketing da rede francesa, Alfredo Cernic. Segundo ele, há três anos o Carrefour lançou uma cesta de produtos, com 40 itens, cujos preços eram diferenciados. "Com o sucesso alcançado junto aos clientes e a criação de novas parcerias com fornecedores, essa cesta reúne hoje mais de 1.200 produtos", diz o executivo. Esse segmento participa com volumes mensais superiores a 10% do total vendido nos 74 hipermercados Carrefour no País. No mês passado, a guerra declarada pelos dois grupos mais poderosos movimentou o setor. Executivos de ambas as empresas dizem que a campanha surtiu efeitos excepcionais, mas não divulgam números antes do fechamento do balanço, o que deve ocorrer nos próximos dias. Alguns indicadores já conhecidos confirmam essas expectativas. No Carrefour, nos primeiros 15 dias de abril o número de pessoas que passou pelos caixas das lojas da rede foi 25% superior ao registrado em abril de 2001. Nesse mesmo período, as vendas de utilidades domésticas cresceram 38%. No Extra, segundo sua assessoria de imprensa, nos dias em que o quilo do frango resfriado foi oferecido ao preço promocional de R$ 0,99, as vendas do produto cresceram cinco vezes.

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