As vendas do varejo brasileiro devem crescer 7,7% em janeiro de 2014 ante o mesmo mês deste ano e 9,2% em fevereiro de acordo com as estimativas de associados ao Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV). Para dezembro, o IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas), estudo realizado mensalmente pela entidade, projeta uma alta de 5,5%.Em novembro, o indicador do IDV indicou crescimento de 9,8% ante igual mês de 2012. Segundo o Instituto, o aumento "expressivo", foi motivado, principalmente, pelas vendas da Black Friday. O IDV destacou ainda a manutenção da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para móveis e eletrodomésticos e a estabilidade da inflação.O varejo de não duráveis, que responde pelas vendas de alimentos, entre outros, apontou um crescimento de 7,4% em novembro. Para os próximos meses, a estimativa do IDV é de uma desaceleração em dezembro (aumento de apenas 1%), com retomada no primeiro bimestre de 2014. Em janeiro e fevereiro a expectativa é de 11,2% e de 15,5%, respectivamente.O setor de bens semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, reportou alta nas vendas realizadas em novembro de 11,7%. Para dezembro, é esperada manutenção dos níveis, com 11,9%. A previsão do Instituto para janeiro e fevereiro também é de níveis elevados de vendas no segmento, com crescimento de 9,6% e 10,4%, respectivamente.O segmento de bens duráveis, com maior influência sobre o índice, atingiu crescimento de 11,8% em novembro. No entanto, para os próximos meses a estimativa é de desaceleração. A queda das projeções, explica o IDV, deve-se a perspectiva de que o governo não prorrogará a redução das alíquotas de IPI. Para dezembro, o Instituo projeta um crescimento de 6,7% ante dezembro de 2012. Em janeiro e fevereiro, as vendas do setor devem reportar alta de 4,9% e 6,3%.Os dados do IDV levam em consideração as vendas realizadas e as estimativas dos associados da entidade. São 46 empresas de grande porte como Grupo Pão de Açúcar, Lojas Americanas, Lojas Riachuelo, Magazine Luiza, Walmart, entre outras.
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