IGP-10 ganha força e sobe 0,96% em julho, aponta FGV

Aumentos de preços dos combustíveis já impactam a inflação no atacado; para o consumidor, contudo, a gasolina ficou mais barata 

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Por Daniela Amorim (Broadcast) e da Agência Estado

RIO - A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) ficou em 0,96% em julho, ante 0,73% em junho, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado ficou dentro das previsões dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam uma taxa entre 0,80% e 1,05%, e acima da mediana, de 0,87%.

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Os aumentos de preços dos combustíveis anunciados pela Petrobrás em 22 de junho já pesaram na inflação de julho medida pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo - 10 (IPA-10), que compõe o IGP-10. Tanto a gasolina automotiva quanto o óleo diesel figuraram entre os principais impactos de alta no IPA-10 de julho: enquanto a gasolina subiu 5,21%, o diesel aumentou 2,64% no mês.

O movimento foi o destaque na alta de 1,36% no grupo Bens Intermediários, que tinha subido 1,23% no mês anterior. O subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção passou de 0,40% em junho para 1,73% em julho.

No entanto, a gasolina ainda ficou mais barata para o consumidor no mês. Dentro do Índice de Preços ao Consumidor - 10 (IPC-10), que apresentou avanço de 0,19% em julho, em comparação com a alta de 0,33% em junho. A gasolina centuou o ritmo de queda, saindo de uma taxa de -0,38% em junho para -0,51% em julho. O etanol também pesou menos no bolso das famílias, saindo de um recuo de 0,15% para uma queda de 1,47% no mesmo período.

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No dia 22 de junho, a Petrobrás anunciou um aumento de 3,94% no preço do diesel e de 7,83% no da gasolina. Os reajustes entraram em vigor no dia 25, mas, com a redução da Cide a zero estabelecida pelo governo federal na ocasião do aumento, os novos valores não chegaram às bombas dos postos de combustíveis.

E no último dia 12, a Petrobrás anunciou novo reajuste, dessa vez apenas no preço de venda do diesel nas refinarias, de 6%. O aumento passou a vigorar nesta segunda-feira e não foi compensado por novo corte tributário.

Construção

Aumentos menores na mão de obra da construção civil em julho puxaram a desaceleração da alta do Índice Nacional de Custo da Construção - 10 (INCC-10) neste mês, para 0,84%, de +1,67% em junho. O INCC-10 é um dos itens que compõem o IGP-10.

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Dentro do indicador, o índice que representa o custo da mão de obra subiu 1,17% em julho, após ter registrado aumento de 3,03% em junho. Já o índice relativo a material, equipamentos e serviços acelerou o ritmo de alta, com um avanço de 0,50%, após uma taxa de 0,27%, na mesma base de comparação.

Ficaram mais caros, no período, os itens ajudante especializado (1,13%), servente (1,24%), vergalhões e arames de aço ao carbono (3,01%), carpinteiro de esquadria e telhado (1,15%) e pedreiro (1,04%). Por outro lado, houve deflação nos produtos de fibrocimento (-0,97%), argamassa (-0,24%), condutores elétricos (-0,43%), pedra britada (-0,50%) e cimento portland comum (-0,03%).

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