A indústria registrou alta de 6,8% no Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano, maior taxa desde o mesmo período em 2004. O setor foi o destaque na divulgação de ontem do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), conforme esperado pelos analistas do mercado. Os quatro subsetores que compõem a indústria nas estatísticas do PIB - transformação, construção civil, extrativa mineral e serviços de utilidade pública - registraram expressivos crescimentos. ''''A aceleração significativa da indústria, que transitou de um crescimento de 0,4% no 1º trimestre para 1,3% no 2º trimestre, é digno de destaque, pois sinaliza que o setor retomou uma condição que, para alguns, havia sido perdida para o setor de serviços, qual seja, a de liderar o crescimento da economia'''', avalia um boletim do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Em seguida, o maior crescimento foi do setor de serviços (4,8%), influenciado principalmente pelo desempenho do comércio (8,1%). Na avaliação da Rosenberg&Associados, ''''os determinantes desse movimento são a expansão do crédito, com alongamento dos prazos, além do aumento da massa salarial''''. Segundo o IBGE, a massa de rendimentos avançou 5,2% no ano e as operações de crédito para pessoas físicas, 26,2%. O setor de agropecuária avançou 0,2% na comparação com o segundo trimestre de 2006. ''''Os destaques positivos são relevantes e ocorrem em segmentos que retratam melhor o ciclo econômico doméstico. Tudo aquilo que na produção se refere à demanda corrente e ao ciclo econômico foi realmente bem'''', avalia o economista da Corretora Convenção Fernando Monteiro, citando as expansões nas atividades industriais e de serviços, excluindo a administração pública. Levando em conta os segmentos econômicos, o maior crescimento isolado foi o de serviços de intermediação financeira (9,6%). TRIBUTAÇÃO Os impostos sobre produtos cresceram 8,6% no segundo trimestre, maior taxa desde o segundo trimestre de 2000 (10,3%). No primeiro semestre, o valor dos impostos foi de R$ 172,582 bilhões. Segundo o IBGE, essa expansão se deu, sobretudo, ''''em razão do aumento do volume do imposto de importação''''. No segundo trimestre, as importações de bens e serviços aumentaram 18,7%.