Inflação em São Paulo foi de 0,25% em setembro

A maior alta do período foi alimentação, que registrou subida de 0,88%

PUBLICIDADE

Publicidade
Por Agencia Estado
Atualização:

Pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da USP mostrou inflação de 0,25% no município de São Paulo no mês de setembro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ficou abaixo do apurado na terceira prévia do mês (0,28%), mas foi superior ao registrado no fechamento do mês anterior, quando houve alta 0,12%. O IPC ficou abaixo da margem prevista pelos 12 analistas ouvidos pela Agência Estado, que apostavam numa variação entre 0,29% e 0,36%. A maior alta do período foi alimentação, que subiu 0,88%, o mesmo porcentual registrado na pesquisa divulgada na semana passada, mas foi bem acima da variação de 0,46% de agosto. O segundo maior aumento do período foi do grupo saúde, cuja elevação foi de 0,33%, menor do que o 0,53% da terceira prévia do mês, e também abaixo da variação de 0,47% do oitavo mês do ano. O item vestuário teve elevação de 0,27%, variação bem menor do que a registrada na pesquisa passada (1,14%), mas superior ao porcentual registrado em agosto, quando houve queda de 0,12%. Despesas pessoais avançou 0,23% no nono mês do ano, o mesmo porcentual de alta registrado na pesquisa divulgada semana passada. Em agosto, porém, o grupo teve um aumento menor: 0,16%. Educação, que encerrou agosto com alta de 0,02%, subiu 0,11% no fechamento de setembro, porcentual também superior à pesquisa anterior, quando o grupo avançou 0,07%. Transporte caiu 0,11%, queda superior à registrada na terceira quadrissemana do mês (-0,05%). Em agosto, o grupo registrou alta de 0,15%. Habitação, que em agosto caiu 0,17%, registrou baixa de apenas 0,01% segundo os dados divulgados nesta manhã. Na semana passada, a baixa foi de 0,11%. Projeções O coordenador do IPC da Fipe, Paulo Picchetti, revisou nesta quarta sua projeção de inflação para o fechamento do ano na capital paulista, de 2% para 1,6%. Essa taxa, no entanto, está condicionada à possibilidade de não existir aumento de combustíveis até o final de 2006. Neste caso, a diferença de 0,4 ponto porcentual entre a previsão anterior e a atual ficaria como margem para a Petrobras trabalhar, porque, mesmo se todo este espaço fosse utilizado, a inflação anual ainda ficaria abaixo do piso da meta de inflação, estipulada para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no País, que tem como centro 4,5%, com tolerância de 2 pontos porcentuais para cima ou para baixo. Para efeito de comparação, a inflação medida na cidade de São Paulo representa mais de um terço de toda a inflação nacional. Picchetti lembrou que o relatório trimestral de inflação, divulgado na semana passada, trata de forma explícita a existência de uma defasagem entre os preços da gasolina comercializada nos Estados Unidos e os praticados no Brasil, embora não se comprometa com um porcentual. Mas, no mercado, segundo o economista da Fipe, calcula-se uma diferença em torno de 10%. A previsão de Picchetti para a taxa de inflação no final do ano considera a pequena probabilidade de o IPC-Fipe atingir, na média mensal, do último trimestre deste ano altas de 0,40%, que fariam com que o índice fechasse 2006 com variação de 1,88%, muito próximo da previsão anterior, de 2%, já que, entre janeiro e setembro deste ano, o acumulado é de apenas 0,68%. Outubro Para outubro, Picchetti trabalha com uma previsão inicial de 0,20%, que ficaria abaixo do IPC de 0,25% verificado em setembro. De acordo com o coordenador, entre as contribuições para o índice esperadas, já são conhecidos os impactos de 0,11 ponto porcentual, vindo da elevação da tarifa de água e esgoto, puxando para cima o indicador; e um pequeno alívio, de 0,01 ponto porcentual, da redução na taxa de telefonia fixa. Portanto, o impacto das tarifas sobre o IPC-Fipe esperado para outubro é de 0,10 ponto porcentual. Além desta influência, Picchetti afirmou que há espalhado entre os preços dos alimentos e do grupo Saúde, em decorrência, principalmente, dos planos de saúde, mais 0,10 ponto porcentual de contribuição positiva. Juntos, os preços destes dois grupos e as tarifas responderiam pela inflação inicialmente projetada pela Fipe de 0,20%. Matéria alterada às 13h25 para acréscimo de informações

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.