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Inflação medida pelo IGP-DI fica em 0,57% em novembro

O resultado da inflação medida entre 1º e 30 de novembro ficou dentro das previsões dos analistas, que esperavam uma taxa entre 0,44% a 0,72%

Por Agencia Estado
Atualização:

O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de novembro subiu 0,57% depois da alta de 0,81% registrada em outubro, de acordo com informação divulgada nesta quarta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado do mês de novembro ficou dentro das previsões dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado, que esperavam uma taxa entre 0,44% a 0,72%, e abaixo da mediana das expectativas, que estavam em 0,60%. O período de coleta de preços para a composição do índice foi entre os dias 1º e 30 de novembro. Até novembro, o IGP-DI acumula altas de 3,52% em 2006 e de 3,59% nos últimos 12 meses. O IGP-DI é formado por três índices: Índice de Preços no Atacado - Disponibilidade Interna (IPA-DI), Índice de Preços ao Consumidor - Disponibilidade Interna (IPC-DI) e Índice Nacional do Custo da Construção - Disponibilidade Interna (INCC-DI). Atacado O IPA-DI, que representa 60% do total do índice, registrou alta de 0,75% em novembro ante elevação de 1,16% em outubro. Em 2006, o índice acumula altas de 4,18% e nos últimos 12 meses o acumulado é de 4,04%. De acordo com a FGV, até novembro, os preços dos produtos agrícolas acumulam elevações de 7,63% em 2006 e de 8,28% em 12 meses. Já os preços dos produtos industriais registram aumentos de 3,09% no ano e de 2,71% em 12 meses. Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais registram aumentos de 1,37% em 2006 e de 2,49% em 12 meses até novembro. Por sua vez, os preços dos bens intermediários acumulam altas de 3,11% no ano e de 2,17% em 12 meses até novembro. Já os preços das matérias-primas brutas têm altas acumuladas de 10,13% em 2006 e de 9,80% em 12 meses até novembro. Por produtos, as altas de preço mais expressivas no atacado, em novembro, foram registradas nos preços de soja em grão, alta de 9,98%; milho em grão, aumento de 13,89% e óleo de soja refinado, crescimento de 14,29%. Já as quedas mais expressivas de preço foram registradas nos preços de bovinos, queda de 7,01%; cana-de-açúcar, baixa de 4,19% e óleos combustíveis, queda de 4,68%. Varejo O IPC-DI representa 30% do total do IGP-DI e subiu 0,24% em novembro ante alta de 0,14% em outubro. No varejo, o IPC-DI acumula elevações de preços de 1,42% em 2006 e de 1,88% nos últimos 12 meses. De acordo com a FGV, a aceleração na taxa do IPC-DI, de outubro para novembro foi influenciada por elevações de preços mais intensas e deflação mais fraca em cinco das sete classes de despesa pesquisadas para cálculo do índice. É o caso de Alimentação, que registrou elevação de 0,17% para 0,78%; Vestuário, com alta de 1,07% para 1,17%; Educação, Leitura e Recreação, com elevação de 0,03% para 0,05%; Despesas Diversas, com alta de 0,23% para 1,20% e Transportes, com elevação de -0,36% para -0,16%. No mesmo período, dois grupos registraram desaceleração e queda de preços no período, como Saúde e Cuidados Pessoais, queda de 0,36% para 0,14% e Habitação, baixa de 0,10% para -0,25%. Por produtos, as altas de preço mais expressivas foram registradas nos preços de tomate, alta de 27,97%; cigarro, aumento de 4,27% e mamão da amazônia - papaya, com crescimento de 14,67%. Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em tarifa de eletricidade residencial, baixa de 7,01%; manga, queda de 32,65% e gasolina, baixa de 0,64%. Construção Já o INCC-DI, que representa 10% do IGP-DI, subiu 0,23% em novembro ante aumento de 0,21% em outubro. O índice acumula elevações de 4,66% em 2006 e de 5,05% nos últimos 12 meses, segundo a FGV. De acordo com a Fundação, a aceleração na taxa do INCC-DI, de outubro para novembro foi influenciada pela elevação mais intensa de preços de mão-de-obra de 0,04% para 0,12% no mesmo período. Por produtos, as altas de preço mais expressivas, na construção civil em novembro, foram registradas em vale transporte, alta de 1,49%; esquadrias de alumínio, aumento de 0,47% e areia lavada, alta de 1,25%. Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em cimento, baixa de 0,32%; metais para instalações hidráulicas, redução de 0,33% e tapete vinílico/carpete, baixa de 0,28%.

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