A Itália aprovou nesta sexta-feira um pacote de estímulo para ajudar famílias e empresas atingidas pela crise econômica global. Mas analistas disseram que as medidas eram surpreendentemente tímidas, e terão pouco ou nenhum impacto sobre a economia deficiente. O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, disse que as medidas aprovadas pelo governo de centro-direita somam 80 bilhões de euros (103,5 bilhões de dólares), mas economistas ressaltavam que a maior parte deste valor é composta por fundos já disponíveis. Marco Valli, do Unicredit MIB, estima que o capital novo soma 5 bilhões de euros enquanto Tito Boeri, professor de economia da Universidade Bocconi, de Milão, calcula entre 3 e 3,5 bilhões de euros, ou cerca de 0,25 por cento do Produto Interno Bruto do país (PIB). "Isso não é nem uma aspirina, não é nem metade de uma aspirina", disse Boeri. Ele estima que os cidadãos que serão beneficiados com o plano receberão em média cerca de 25 euros por mês, o que não alteraria seus hábitos de consumo.