Itália põe à venda participação em banco mais antigo do mundo

Governo italiano busca privatizar o banco, que atualmente tem uma participação estatal de 64%

PUBLICIDADE

Publicidade
Foto do author Redação
Por Redação

O Ministério da Economia italiano anunciou nesta segunda-feira, 20, a venda de 25% do capital do banco Monte dei Paschi di Siena (MPS), o mais antigo do mundo, do qual o governo possui atualmente 64%. A quantia equivale a € 920 milhões, cerca de R$ 4,9 bilhões.

As autoridades de Roma anunciaram a venda de uma participação de 20% no Monte dei Paschi di Siena na bolsa de valores em 20 de novembro de 2023  Foto: FILIPPO MONTEFORTE / AFP

PUBLICIDADE

O governo italiano, obrigado a reduzir sua participação no MPS para cumprir os requisitos da Comissão Europeia, optou por vender parte de suas ações a investidores, uma vez que não encontrou comprador para a entidade.

Essa operação marca o início de uma série de privatizações com as quais o governo italiano pretende obter € 20 bilhões até 2026, um objetivo considerado muito ambicioso pelos analistas.

O ministério criou um livro de ordens em um procedimento acelerado por meio de um sindicato bancário e colocou cerca de 315 milhões de ações da MPS “entre investidores institucionais na Itália e no exterior”, conforme comunicado.

Publicidade

“Devido a uma demanda cinco vezes superior ao montante inicial, a oferta foi elevada de 20% para 25% do capital social da MPS”, acrescentou o ministério.

“O preço por ação foi de € 2,92, totalizando cerca de € 920 milhões, refletindo um desconto de 4,9% em relação ao valor de fechamento” das ações na bolsa na segunda-feira (€ 3,072), detalhou o ministério.

“Ao finalizar a transação, a participação do ministério na MPS passará de 64,23% para cerca de 39,23% do capital social”, esclareceu.

O MPS, à beira da falência, foi resgatado em 2017 pelo Estado italiano com € 5,4 bilhões (US$ 5,9 bilhões), tornando-se seu principal acionista. Após o fracasso das negociações de venda para o segundo maior banco italiano, UniCredit, em outubro de 2021, a instituição não conseguiu atrair compradores./AFP

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.