Itaú é o quinto grande a baixar juro após Copom

Taxas máximas cobradas no crédito pessoal e no cheque especial vão acompanhar o último corte de 0,5 ponto decidido pelo Banco Central

O Itaú anunciou ontem reduções nas taxas de juros para pessoas física e jurídica. Das maiores instituições financeiras do País, o banco foi o quinto a diminuir as suas taxas desde que o Banco Central baixou a Selic de 8,5% ao ano para 8%, na semana passada. As novas taxas já estão valendo. Com a nova Selic em vigor, o Bradesco, Santander, Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal também já anunciaram reduções nos juros. Segundo comunicado do Itaú, as taxas máximas cobradas no crédito pessoal e no cheque especial vão acompanhar o último corte de 0,5 ponto porcentual da taxa básica de juros.Os clientes do Itaú que possuem o pacote MaxiConta Portabilidade Salário terão as taxas para crédito pessoal entre 1,91% e 4,85% mensais, inferior ao intervalo de 1,95% a 4,89% ao mês que era cobrado. Já as taxas para o cheque especial recuaram de 3,50% a 4,89% para o intervalo de 3,46% a 4,85% ao mês. Para quem está fora do pacote, o banco também promete juros menores do que os que eram cobrados. As taxas do crédito pessoal vão variar de 2,41% ao mês a 6,62% ao mês - antes era de 2,45% a 6,66% mensais. Já o intervalo do cheque especial cai de 5,24% a 8,85% ao mês para entre 5,20% e 8,81% ao mês. Queda pequena. Ontem, a pesquisa mensal de juros divulgada pela Fundação Procon-SP mostrou uma redução pequena das taxas cobradas pelo bancos em julho. Pelo levantamento feito no último dia 2, a taxa média para empréstimo pessoal recuou de 5,5% ao mês em junho para 5,42% em julho, uma redução de apenas 0,08 ponto porcentual. "Foi uma redução pequena", afirmou Paulo Arthur Góes, diretor executivo do Procon-SP. "Nós sempre comparamos as maiores taxas porque são, na prática, as taxas que a maior parte da população tem acesso", disse. Já a taxa média mensal do cheque especial recuou de 8,36% em junho para 8,05% em julho. A redução verificada foi de 0,31 ponto porcentual. Segundo o Procon-SP, a maior queda na cobrança de cheque especial foi verificada no Banco do Brasil, que reduziu os juros de 8,27% ao mês para 5,7%. De acordo com a entidade, em julho, entre os bancos pesquisados, os juros mais baixos praticados no crédito pessoal são os da Caixa Econômica Federal (3,88% ao mês). A instituição também tem a taxa mais baixa no cheque especial (4,27% ao mês). Na avaliação do diretor do Procon-SP, os bancos vão continuar reduzindo os juros nos próximos meses. "Nós esperamos que as taxas baixem mais, mas não somente as que já estão num patamar menor. Mas aquelas taxas que são as maiores vilãs, como as do cheque especial e cartão de crédito", disse o diretor executivo da entidade. "Esses juros precisam baixar, porque são as linhas crédito que o consumidor mais recorre. Isso está consumindo uma parte muito grande da renda das pessoas." Apesar dos juros menores, a recomendação do Procon-SP é que o consumidor mantenha cautela ao contrair empréstimo e sempre pesquise o Custo Efetivo Total (CET) da operação. "O consumidor precisa pensar muito antes de tomar empréstimo, e não deve se deixar levar só pelo valor da operação", afirmou Góes. No site do Procon-SP (www.procon.sp.gov.br ) há uma ferramenta que possibilidade fazer o cálculo do CET.