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Brasil tem bônus do setor financeiro, agronegócio e da democracia, diz Trabuco, do Bradesco

Para presidente do Conselho de Administração do banco, Brasil tem perspectivas muito positivas de desenvolvimento

Atualização:

O presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabucco Cappi, afirmou que o Brasil é um País competitivo que possui vários “bônus” relacionados especialmente à atuação do setor privado e de viver em plena democracia.

“Um dos bônus é a indústria financeira, que é um fator de estabilidade. Temos o bônus do setor do agronegócio”, destacou Trabuco no Lide Brazil Conference em Lisboa, promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais. “Além disso, o governo atual estabelece a valorização da sustentabilidade da ecologia, o que é fundamental para termos uma diplomacia ambiental para valorizar aspectos tão importantes que o mundo requer.”

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Trabuco apontou que o Brasil além de ser um grande produtor de alimentos que são vendidos para o exterior, na prática é um importante exportador de água. “Para produzir um quilo de carne são necessários 15 mil litros de água. Para um quilo de arroz é preciso 3 mil litros de água”, disse. “Quando somos uma potência do agronegócio, estamos exportando água, o que o Brasil tem essa possibilidade pelo seu regime de chuvas, a matriz energética de ser extremamente sustentável.”

De acordo com o presidente do Conselho de Administração do Bradesco, o Brasil tem desafios. “Mas não o da dívida interna, que com um arcabouço fiscal pode dar segurança para que a dívida seja extremamente confortável”. Ele também destacou que a dívida externa não é um problema, pois ela é contida.

“Temos a dívida interna? Mas a democracia se impôs. Temos um governo com preceitos muito sólidos de democracia e para isso todos nós empresários temos que (atuar) para criar pontes, ponderações. Somos partícipes desta construção.”

Trabuco é presidente do Conselho de Administração do Bradesco.  Foto: Werther Santana/Estadão

De acordo com Trabuco, o País tem uma dívida social e sobre ela todo o País precisa refletir. “Lembro com muita satisfação das teses do ministro Gilmar Mendes (STF) com relação a leis de responsabilidade social, tão importantes quanto a lei de responsabilidade fiscal”, apontou. “E para isso, é preciso exigir a todos nós, a sociedade, as métricas de avaliação do desempenho de políticas públicas.”

Para o presidente do Conselho de Administração do Bradesco, o Brasil tem perspectivas muito positivas de desenvolvimento. “Somos o melhor direcionador de investimentos. Um porto seguro, com estabilidades jurídicas e potencialidade do mercado interno.”

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