SÃO PAULO, BRASÍLIA E RESENDE - Em visita ao Complexo Industrial da Nissan do Brasil, em Resende (RJ), nesta terça-feira, 15, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que é preciso elevar a renda das parcelas mais pobres da população.
“O Brasil não pode ser País eternamente vivendo de Bolsa Família”, declarou.
Ele ainda defendeu que o dinheiro circule na mão de todas as pessoas, sem ficar restrito às elites, para impulsionar o consumo. “Tem gente que acha que o salário mínimo é muito alto. R$ 1000 não é alto, nem R$ 1500. Em vez de olhar a pessoa como empregada assalariada, olhe ela como consumidor”, disse Lula.

Lula refutou a ideia de que a indústria brasileira está crescendo por sorte.
“Quisera Deus que o Brasil só tivesse presidente com sorte; quem sabe, estaríamos no G-7″.
O presidente questionou se o crescimento recente da indústria automobilística no Brasil seria “normal”.
“Tem gente que acha que isso (crescimento da indústria) é normal, que não tem nada a ver com (Fernando) Haddad na Fazenda e Lula na presidência. É por sorte, porque somos competentes e porque sabemos vender carro. Mas será que isso é verdade?”, questionou o chefe do Executivo à plateia do evento.
Leia também
Lula lembrou que, ao final de 2010, foram emplacados em torno de 3,6 milhões carros no Brasil. Ao retornar à presidência, em 2023, o presidente afirmou se deparar com uma situação distinta, com o emplacamento de 1,6 milhão de carros no País no ano, menos da metade do registrado em 2010.
“Quantas concessionárias fecharam neste País? Porque não tinha carro para vender e o povo não tinha dinheiro para comprar”, reforçou.