Lula diz que anuncia novas ações contra crise em janeiro

No último programa de rádio do ano, ele afirma que 2009 será difícil, mas que País continuará avançando

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Por Reuters
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, 29, que o governo anunciará em janeiro novas medidas para combater os efeitos da crise financeira global. Segundo o presidente, 2009 será um ano de muito trabalho, que exigirá muita disposição do governo, da sociedade e do empresariado. Lula reconheceu que a economia do País poderá crescer menos do que o previsto, mas destacou que o Brasil continuará avançando e gerando empregos.   Veja também: De olho nos sintomas da crise econômica  Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise    A meta do Executivo é obter um crescimento de 4% do Produto Interno Bruto (PIB), mas o Orçamento prevê uma alta de 3,5%. O mercado tem estimativas ainda menores. Nesta segunda-feira, o Banco Central divulgou que a previsão do mercado para o PIB do próximo ano está em 2,44%.   "Até o dia 20 de janeiro nós deveremos apresentar outras propostas de incentivo ao crescimento econômico", disse Lula em seu programa semanal de rádio Café com o Presidente. "Nós não vamos ficar esperando a crise abalar o Brasil. Nós vamos trabalhar para que essa crise não cause os efeitos perversos aqui no Brasil que está causando no Japão e nos Estados Unidos, com milhões de desempregados."   Citando a força do mercado interno e a maior capacidade do país de enfrentar crises externas, o presidente sublinhou que os brasileiros precisam ter "fé" e "esperança", além de começar 2009 com a "cabeça erguida". Lula voltou a dizer que o Brasil deve encarar a crise como uma oportunidade para fazer o que ainda não realizou. "O que o Brasil será em 2010 vai depender do que a gente tenha capacidade de fazer em 2009", afirmou.   O presidente fez também um balanço de 2008. Para Lula, o saldo foi positivo, pois, apesar de enfrentar dificuldades no último trimestre devido à falta de crédito no mundo, a economia doméstica cresceu e gerou empregos. "O Brasil teve um ano, eu diria, bom. Não vou dizer ótimo, mas um ano bom", concluiu.

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