A maioria dos investidores em caderneta de poupança é de pessoa física, com aplicações de até R$ 1 mil. Dados do Banco Central (BC) revelam que 77% dos poupadores detinham 3% do saldo da caderneta de poupança em junho do ano passado, enquanto apenas 23% dos que optaram por esse tipo de aplicação tinham saldo em conta superior a R$ 1 mil e respondiam por 97% do valor total das aplicações. "A caderneta de poupança reproduz o perfil econômico do País: pobre e com grande concentração de renda?, afirma o superintendente-geral da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), José Pereira Gonçalves. Ele observa que a última pesquisa feita pela entidade em 2003 para traçar o perfil do poupador mostrou que 99% dos que preferem esse tipo de aplicação são pessoas físicas. A principal conclusão da enquete que, na época, consultou cerca de 2 mil pessoas em 127 municípios brasileiros é que a poupança é a aplicação mais popular. Segundo a pesquisa, 94% dos entrevistados conheciam a caderneta e 85% tinham caderneta de poupança. A vantagem mais importante, segundo a maioria, era a simplicidade da aplicação. Jovens A velha conhecida caderneta de poupança, que arrecadou um valor recorde de recursos em 2007, ainda é o porto seguro para muitos jovens investidores. Apesar de o desempenho do mercado de ações brasileiro despertar cada vez mais o interesse desses poupadores, boa parte continua aplicando na caderneta de poupança, que completa neste ano 40 anos. Além da influência dos pais, eles acreditam que isso ocorre porque a aplicação oferece segurança para suas economias, caso o mercado acionário enfrente turbulências. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.